Economia

Alta no diesel pode desencadear aumento nos preços dos alimentos, alerta economista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Magda Chambriard para discutir o diesel. A Petrobras deve reajustar o preço do diesel entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro. A defasagem de 16% em relação ao preço internacional impacta custos de transporte. A alta do diesel pode inflacionar os preços dos alimentos, que já subiram 7,69%. A taxa de câmbio é crucial; queda do dólar pode mitigar efeitos inflacionários.

"Qualquer alimento que chega aos supermercados depende de transportes, que, por sua vez, dependem de combustíveis. (Foto: Germano Luders/VEJA)"

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Nesta segunda-feira, 27 de janeiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que indicou a necessidade de um reajuste no preço do diesel. A expectativa é que o aumento varie entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro, com a aprovação podendo ocorrer na reunião do Conselho de Administração da estatal marcada para quarta-feira, 29. Os preços da gasolina e do gás de cozinha permanecerão inalterados.

O ajuste no preço do diesel é justificado pela defasagem nos valores, que chegou a 16% em relação ao preço internacional, equivalente a R$ 0,50 por litro, conforme dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom). Essa situação tem impactado a margem de lucro da Petrobras e gerado insatisfação entre os acionistas privados. O governo Lula enfrenta um cenário delicado, buscando controlar os preços dos alimentos, que já subiram 7,69% no ano anterior, contribuindo para a alta do IPCA-15.

A economista Fernanda Mansano alerta que o aumento no diesel pode inflacionar ainda mais os alimentos, uma vez que o transporte de mercadorias depende do combustível. Ela menciona que o efeito da alta nos preços não será imediato, mas poderá ser sentido em até dois meses, devido ao chamado "efeito dominó". Além disso, a sazonalidade das safras também influencia os preços, podendo atenuar os impactos.

O economista Paulo Gala destaca a importância da taxa de câmbio na formação dos preços dos alimentos. Ele afirma que uma queda do dólar para R$ 5,70 ou R$ 5,60 teria um impacto significativo. Produtos como soja, trigo, carnes e café são afetados pela cotação do real em relação ao dólar. Gala observa que, embora o aumento do diesel e do ICMS possa influenciar a inflação, o efeito se dilui em comparação com as variações cambiais, que foram exacerbadas pela desvalorização do real em mais de 25% em 2024.

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