Arrecadação federal atinge R$ 2,65 trilhões em 2024 e registra crescimento histórico

A arrecadação federal de impostos no Brasil atingiu R$ 2,652 trilhões em 2024, representando um crescimento real de 9,62% em comparação a 2023, conforme dados divulgados pela Receita Federal. Este é o maior resultado já registrado na série histórica, que começou em 1995. Em dezembro, a arrecadação foi de R$ 261,265 bilhões, com um aumento de 7,78% em relação ao mesmo mês do ano anterior, também estabelecendo um recorde mensal.

Os fatores que impulsionaram esse crescimento incluem a reoneração dos combustíveis, o aumento das alíquotas de impostos de importação e a nova tributação sobre fundos de investimentos. A arrecadação de PIS/Cofins subiu após o fim dos subsídios aos combustíveis, enquanto a tributação de fundos exclusivos e offshore gerou R$ 20,6 bilhões adicionais. O bom desempenho da economia, com destaque para a produção industrial e o aumento da massa salarial, também contribuiu para o resultado positivo.

Além disso, a Receita Federal informou que a arrecadação de receitas administradas, que totalizou R$ 2,524 trilhões, teve uma alta real de 9,69% no ano. A receita própria de outros órgãos federais, que inclui royalties de petróleo, alcançou R$ 128,4 bilhões, com um crescimento real de 8,27%. Fatores atípicos, como a tributação de fundos, influenciaram positivamente a arrecadação em R$ 22,6 bilhões.

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, destacou que as iniciativas implementadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva desde 2023 visam promover justiça tributária, cobrando de contribuintes que anteriormente não contribuíam. Ele classificou o resultado de 2024 como "espetacular", ressaltando que as ações de conformidade e autorregularização também foram fundamentais para alcançar esse recorde histórico.