Economia

Concessão de crédito imobiliário atinge R$ 312 bilhões em 2024, apesar da alta da Selic

O crédito imobiliário em 2024 alcançou R$ 312 bilhões, um aumento de 25%. A inadimplência caiu para 1%, a menor taxa da história do setor. O uso do FGTS cresceu 29%, impulsionado pelo programa Minha Casa Minha Vida. A Abecip discute com o governo medidas para sustentar o crédito, como redução do compulsório. A valorização dos imóveis subiu 40% em sete anos, superando a inflação.

Obras: Prédio em construção na Zona Portuária do Rio: crédito imobiliário teve aumento de demanda com setor aquecido (Foto: Márcia Foletto/3-9-2024)

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A concessão de crédito imobiliário em 2024 alcançou um recorde histórico de R$ 312 bilhões, representando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Apesar da alta da Selic, que terminou o ano passado em 12,25%, a oferta de crédito não foi afetada em 2023, mas espera-se uma redução de 10% em 2024, totalizando R$ 282 bilhões. Sandro Gamba, presidente da Abecip, destacou que o aumento da renda dos brasileiros em 3% também contribuiu para a demanda por crédito.

O número de lançamentos de novas unidades na cidade de São Paulo cresceu 45% em relação ao ano anterior, totalizando 91 mil unidades, o que gerou maior necessidade de crédito. O uso de recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aumentou 29%, impulsionado pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que atende famílias com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 8 mil. Em 2024, das 1,17 milhão de unidades financiadas, 605 mil eram do MCMV, evidenciando a importância do programa para o setor.

A modalidade de crédito imobiliário com garantia de imóvel (home equity) cresceu 53,5% em 2024, totalizando R$ 10,9 bilhões em concessões. Gamba ressaltou que essa opção, com juros mais baixos, terá um papel crescente no mercado. A inadimplência também atingiu um recorde histórico de 1%, uma queda em relação aos 1,5% de 2023. Contudo, o setor se preocupa com o elevado volume de saques da poupança, que somaram R$ 72,4 bilhões em 2023 e R$ 21,7 bilhões em 2024.

A Abecip discute com o governo medidas para sustentar o crédito imobiliário, como a redução do prazo das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) de nove para três meses e a diminuição do compulsório bancário de 20% para 15%, liberando R$ 40 bilhões para o setor. Gamba observou que a participação das LCIs na estrutura de crédito caiu 29% entre 2023 e 2024, enquanto o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) e a Letra Imobiliária Garantida (LIG) estão sustentando o financiamento. Nos últimos sete anos, os preços dos imóveis subiram 40% em média no Brasil, com São Paulo registrando uma valorização de 112%.

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