10 de fev 2025
Abrainc descarta queda de 20% no crédito imobiliário e aponta aumento na intenção de compra
A Abecip prevê queda de 15% a 20% nos financiamentos imobiliários em 2025. Luiz França, da Abrainc, destaca aumento na intenção de compra de imóveis. Pesquisa mostra que 46% dos entrevistados querem adquirir imóveis, alta de 10%. Apesar da Selic alta, França acredita que o mercado imobiliário se manterá ativo. Portabilidade de crédito será incentivada pelo Banco Central, facilitando financiamentos.
SONHO Canteiro de obras: aumentou o número de brasileiros que querem uma casa própria, diz Abrainc (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/VEJA.com)
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No final de janeiro, a Abecip, entidade que representa o crédito imobiliário no Brasil, previu uma queda de 15% a 20% no volume de financiamentos com recursos da poupança, reduzindo o total de R$ 187 bilhões para cerca de R$ 155 bilhões. No entanto, essa previsão não é unânime. Luiz França, presidente da Abrainc, acredita que a intenção de compra de imóveis permanece alta, com uma pesquisa indicando que 46% dos entrevistados no terceiro trimestre de 2023 pretendem adquirir um imóvel, um aumento de 10 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
França destaca que, apesar do aumento da Selic, que subiu de 10,5% para 10,75% ao ano em setembro, a intenção de compra não diminuiu. Ele observa que 37% dos potenciais compradores desejam sair do aluguel, enquanto 17% buscam residências maiores e 11% planejam morar sozinhos. Mesmo com a expectativa de que a Selic chegue a 15% em 2024, ele acredita que os juros do crédito imobiliário não acompanharão essa alta, devido à principal fonte de recursos do setor, a poupança, que rende cerca de 6% ao ano.
A Caixa Econômica Federal, principal operadora de crédito imobiliário, implementou regras mais rígidas para concessão de financiamentos, como a exigência de maiores entradas e um teto de R$ 1,5 milhão para imóveis. França ressalta que o mercado buscará alternativas de financiamento, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que oferecem benefícios fiscais. Embora essas alternativas complementem o financiamento, a maior parte ainda provém da poupança, permitindo que as taxas finais não se equiparem à Selic.
A portabilidade de crédito é uma estratégia que o Banco Central pretende intensificar, permitindo que os tomadores busquem melhores condições em outras instituições. França afirma que essa opção é essencial, pois "ninguém precisa travar a taxa de juros do financiamento por trinta anos". Ele acredita que, mesmo com as dificuldades, a demanda por imóveis permanecerá estável, com muitos dispostos a comprar independentemente das altas de juros.
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