Economia

Banco central da Argentina reduz taxa de juros para 29% e Brasil registra maior juro real do mundo

O Banco Central da Argentina cortou a taxa de juro para 29% ao ano, visando controlar a inflação. A inflação anual da Argentina caiu para 117,8% em 2024, após 211,4% em 2023. A redução das taxas é parte da estratégia de Javier Milei para desacelerar a inflação. O Brasil agora possui a maior taxa real de juros do mundo, em 9,18%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil aumentou a Selic para 13,25%.

O presidente argentino, Javier Milei (Foto: Markus Schreiber/AP)

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O Banco Central da Argentina anunciou a redução da taxa de juro de referência em três pontos percentuais, estabelecendo-a em 29% ao ano. Essa decisão ocorre em um contexto de desaceleração da inflação, que encerrou 2024 em 117,8%, uma queda significativa em relação aos 211,4% de 2023. O corte reflete a diminuição das expectativas inflacionárias e entra em vigor nesta sexta-feira. O governo argentino também planeja reduzir a depreciação mensal do peso de 2% para 1% a partir de 1º de fevereiro, buscando controlar ainda mais a inflação.

Leonardo Anzalone, economista do Cepec, comentou que essa ação do banco central indica uma aposta na continuidade da queda da inflação, embora ressalte que o cenário apresenta riscos. Ele alertou que, caso a inflação não desacelere conforme esperado, isso pode pressionar o câmbio e aumentar as expectativas de desvalorização. Este é o nono corte nas taxas desde que o presidente Javier Milei assumiu o cargo em dezembro de 2023, quando a taxa de juros estava em 133%.

Com a recente elevação da Selic no Brasil em um ponto porcentual, a taxa real de juros brasileira se tornou a maior do mundo, alcançando 9,18%. Essa mudança se deu em resposta ao corte de juros na Argentina, que fez com que sua taxa real caísse de 9,36% para 6,14%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil sinalizou uma nova elevação de um ponto na próxima reunião, em março, podendo levar a Selic a 14,25%.

O cenário atual é complexo, com o Brasil enfrentando uma pressão inflacionária e a Argentina lidando com a necessidade de controlar a desvalorização do peso. O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem defendido que a Argentina mantenha taxas de juros acima da inflação, enquanto o governo argentino considera suspender controles de capital, o que pode exigir taxas mais atrativas para evitar uma corrida cambial.

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