14 de jan 2025
Inflação argentina encerra 2024 em 117,8% após desvalorização do peso e austeridade
A inflação mensal na Argentina subiu para 2,7% em dezembro de 2024, após 2,4% em novembro. A inflação anual encerrou o ano em 117,8%, uma queda significativa em relação ao pico de 300%. O presidente Javier Milei implementou cortes de gastos, promovendo um movimento de austeridade. O Banco Central permitirá a desvalorização mensal de 1% do peso argentino a partir de fevereiro. O regime cambial “crawling peg” visa normalizar a moeda, alinhando se ao FMI.
Presidente argentino, Javier Milei (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)
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A inflação mensal da Argentina registrou uma leve alta em dezembro, alcançando 2,7%, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 14. Apesar disso, a taxa anual de inflação desacelerou, encerrando o ano com 117,8%, uma queda significativa em relação ao pico de quase 300% em abril. O presidente Javier Milei, que assumiu em dezembro de 2023, implementou cortes de gastos que, embora tenham elevado as taxas de pobreza, contribuíram para a desaceleração dos aumentos de preços, que antes eram de dois dígitos mensais.
O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que os dados de dezembro "confirmam que o processo de desinflação continua". A inflação mensal de novembro foi de 2,4%, e a leve aceleração em dezembro foi atribuída a aumentos sazonais típicos. Os mercados enxergam essa desaceleração como um sinal positivo, com expectativas de que a inflação continue a cair em 2025.
Em resposta aos dados inflacionários, o Banco Central da Argentina anunciou um ajuste no regime cambial, permitindo a desvalorização mensal de 1% do peso argentino a partir de 1° de fevereiro, reduzindo o ritmo anterior de 2%. Essa mudança faz parte de um regime de flutuação cambial conhecido como “crawling peg”, que visa uma normalização gradual da moeda, alinhando-se às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O índice de preços ao consumidor (CPI) da Argentina, que subiu de 2,4% em novembro para 2,7% em dezembro, reflete a trajetória inflacionária consolidada nos últimos meses. O regime de “crawling peg” é uma parte essencial das reformas do governo Milei, que busca estabilizar a economia em meio a desafios significativos.
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