03 de fev 2025
Fitch alerta: alta do dólar por tarifas impacta dívida de países emergentes
A alta do dólar, impulsionada por tarifas de Donald Trump, afeta dívidas emergentes. Fitch Ratings mantém perspectiva neutra para países emergentes, apesar de riscos fiscais. PIB global deve desacelerar em 2025, com aumento de juros em países desenvolvidos. Brasil enfrenta rombo fiscal de R$ 230,53 bilhões em 2023, preocupando investidores. Juros altos em economias desenvolvidas pressionam crescimento dos emergentes, incluindo o Brasil.
Foto: Reprodução
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A alta do dólar, impulsionada por tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afetará o custo da dívida em países emergentes, conforme relatório da Fitch Ratings divulgado em 3 de fevereiro de 2025. A agência mantém uma perspectiva setorial "neutra" para esses países, apesar dos riscos associados à pressão sobre as finanças públicas e à geopolítica. A Fitch projeta que as tarifas impactarão negativamente o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumentarão os riscos inflacionários.
Os juros também estão subindo em países desenvolvidos, como Estados Unidos, França e Reino Unido, devido ao aumento dos gastos públicos. Nos EUA, a remuneração dos títulos públicos de dez anos passou de 3,8% para 4,5% em um ano. No Reino Unido, a taxa subiu de 3,7% para 4,6%, enquanto na França foi de 2,6% para 3,2%. No Brasil, a situação é mais crítica, com taxas saltando de 10,6% para 15% ao ano, refletindo um aumento do risco fiscal.
O rombo fiscal nos Estados Unidos variou entre 2,4% e 14,7% do PIB na última década, elevando a dívida a 122,3% do PIB em 2023. Na França, o déficit fiscal deve superar 6% do PIB em 2024, enquanto o Reino Unido enfrenta desconfiança em relação ao cumprimento das metas fiscais. A pressão do mercado é evidente, mesmo com cortes nas taxas de juros pelos bancos centrais, que normalmente levariam a uma redução nas taxas de juros.
O economista Tiago Sbardelotto, da XP, destaca que o aumento dos gastos públicos começou como resposta à pandemia de Covid-19, mas os déficits não retornaram aos níveis anteriores. Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que a dívida pública global pode ter alcançado US$ 100 trilhões em 2024, exigindo ajustes fiscais significativos. O Brasil, com um déficit de R$ 230,53 bilhões em 2023, enfrenta uma pressão maior do mercado, que exige mudanças rápidas para estabilizar a situação fiscal.
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