Economia

Brasil ocupa 78º lugar em produtividade, atrás de países da América do Sul

Em 2024, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu 3,9%, o melhor desde 2020. O Brasil ocupa a 78ª posição em produtividade, atrás de Uruguai, Argentina e Chile. A baixa formação e infraestrutura deficiente dificultam a redução da jornada de trabalho. Proposta de jornada de 36 horas semanais tem apoio de 64% da população, segundo Datafolha. Desafios como alta carga tributária e rotatividade no emprego afetam a produtividade.

Linha de produção: o país está acima da China no ranking (Foto: Silvia Costanti / Valor)

Linha de produção: o país está acima da China no ranking (Foto: Silvia Costanti / Valor)

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A produtividade do trabalhador brasileiro, após uma leve recuperação durante a pandemia, voltou a recuar em 2024, conforme dados do Conference Board. Atualmente, a produtividade é equivalente a menos de um quarto da registrada por um trabalhador norte-americano. No ranking de 131 países, o Brasil ocupa a 78ª posição, atrás de economias sul-americanas como Uruguai, Argentina e Chile, mas à frente da China e da Índia. O pesquisador Daniel Duque, do FGV Ibre, destaca que a produtividade é um indicador crucial de desenvolvimento e aponta que melhorar a educação é fundamental para aumentar essa produtividade.

Historicamente, a produtividade brasileira se manteve acima da média mundial até 2015, quando começou a cair. Em 2024, cada trabalhador brasileiro gerou cerca de 21,44 dólares PPC por hora, um nível semelhante ao de dez anos atrás. A carga horária média no Brasil é de 39 horas semanais, superior à de países como o Canadá, que possui uma média de 32,1 horas e uma produtividade de 56 dólares PPC por hora. Especialistas apontam que a baixa produtividade é um obstáculo para a redução da carga de trabalho, uma discussão que ganhou força com a proposta da deputada Erika Hilton de adotar uma jornada de 36 horas semanais.

A proposta de redução da jornada é apoiada por 64% da população, mas a implementação depende de fatores locais. O pesquisador Naercio Menezes Filho observa que países com alta produtividade conseguem reduzir a carga horária, enquanto o Brasil enfrenta desafios relacionados à sua baixa produtividade. Clemente Ganz Lúcio, do Fórum das Centrais Sindicais, ressalta que o crescimento industrial em 2024 pode impulsionar a produtividade, mas isso requer uma oferta contínua de formação e inovação.

Além disso, a rotatividade no mercado de trabalho e a falta de infraestrutura são desafios que impactam a produtividade. Duque menciona que o Brasil precisa melhorar a legislação e reduzir a carga tributária sobre salários para promover contratações formais. Apesar de estar abaixo da média global, a produtividade no Brasil aumentou 3,9% em 2024 em relação a 2023, o melhor resultado desde 2020. O relatório do Conference Board sugere que a recuperação da produtividade será crucial para o crescimento do PIB nos próximos anos, embora desafios como a escassez de mão de obra especializada ainda precisem ser superados.

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