Economia

Produtividade do trabalho no Brasil estagna em 0,1% em 2024, revela FGV/Ibre

A produtividade no Brasil estagnou em 2024, crescendo apenas 0,1%. O aumento de 3% nas horas trabalhadas não se traduziu em maior produtividade. Em 2023, houve um crescimento de 2,3%, impulsionado pelo setor agropecuário. Projeções para 2025 indicam uma queda de 0,3% na produtividade, preocupante. O Brasil enfrenta desafios em um cenário global de automação e eficiência.

A produtividade pode encolher em torno de 0,3% em 2025, segundo cálculos do Observatório de Produtividade do FGV/Ibre (Foto: Marcelo Almeida/EXAME/VEJA)

A produtividade pode encolher em torno de 0,3% em 2025, segundo cálculos do Observatório de Produtividade do FGV/Ibre (Foto: Marcelo Almeida/EXAME/VEJA)

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Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado desafios significativos em relação à produtividade, um fator crucial para sua competitividade no cenário global. Entre 2017 e 2019, a produtividade do trabalho já mostrava uma tendência de queda, que foi temporariamente interrompida por um aumento atípico em 2020. Em 2023, o país registrou um crescimento de 2,3% na produtividade por hora trabalhada, superando a média histórica, mas em 2024, esse crescimento foi modesto, com apenas 0,1%, conforme dados do Observatório da Produtividade Regis Bonelli do FGV/Ibre.

A análise do mercado de trabalho em 2024 revela que as horas efetivamente trabalhadas aumentaram 3%, acompanhando um crescimento de 3,1% no valor adicionado, resultando na estagnação da produtividade. Esse cenário contrasta com 2023, quando a produtividade cresceu devido à redução do crescimento das horas trabalhadas, permitindo um aumento na eficiência. Desde 2020, a produtividade tem apresentado variações extremas, com um aumento significativo no segundo trimestre de 2020, impulsionado pelas mudanças provocadas pela pandemia.

Embora 2023 tenha mostrado uma recuperação, essa melhora foi concentrada principalmente no setor agropecuário, indicando que o aumento da produtividade não foi amplamente distribuído pela economia. Para 2024, as projeções não são otimistas, com um crescimento econômico estimado de apenas 1,7% e uma alta de 2% na população ocupada, levando a uma possível queda de 0,3% na produtividade em 2025, segundo estimativas do Observatório. Enquanto a economia global avança em direção à automação e eficiência, o Brasil parece estar preso em uma armadilha de baixa produtividade.

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