14 de fev 2025
Ibovespa fecha em alta de 2,70% com queda na popularidade de Lula e avanço da Petrobras
O Ibovespa subiu 2,70%, atingindo 128.219 pontos, impulsionado pela queda na aprovação do governo Lula. A pesquisa DataFolha revelou que a aprovação de Lula caiu para 24%, o menor índice em seus mandatos. O dólar caiu 1,26%, cotado a R$ 5,695, refletindo alívio nas tensões comerciais e dados fracos dos EUA. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que tarifas de Trump podem impactar menos o Brasil que o México. Expectativas de um ambiente político mais favorável em 2026 animaram investidores, aumentando o apetite por ativos de risco.
Wall Street (Foto: Comstock/VEJA)
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A semana termina com a percepção de que o governo americano continuará a adotar uma política comercial caótica, mas isso não necessariamente impactará negativamente os mercados. O S&P 500 registrou uma alta acumulada de 1,48% na semana, enquanto o Ibovespa avançou 0,19%. Os futuros americanos não indicam uma tendência clara para o dia, e o fundo EWZ, que representa a bolsa brasileira em Wall Street, também não apresenta movimentação. A alta das ações americanas é notável, especialmente em contraste com as novas apostas sobre a taxa de juros nos EUA, que foram adiadas para setembro devido à inflação persistente.
No Brasil, os investidores aguardam dados de emprego do IBGE e a fala de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. A Zona do Euro revisou o PIB do quarto trimestre, indicando um crescimento de 0,1%, embora as ações na região operem sem direção definida. A agenda do dia inclui a divulgação de dados de vendas no varejo e produção industrial nos EUA, além de eventos importantes no Brasil, como a entrevista de Lula e a palestra de Galípolo.
O dólar fechou estável na quinta-feira, cotado a R$ 5,76, enquanto o Ibovespa operava próximo à estabilidade. O mercado absorveu o anúncio de tarifas recíprocas de importação pelo presidente Donald Trump, que visam equilibrar as tarifas entre os EUA e outros países. Apesar da expectativa de impacto limitado no câmbio, a resiliência do mercado de trabalho americano foi evidenciada pela queda nos pedidos de seguro-desemprego, que recuaram de 217 mil para 216 mil.
Os títulos do Tesouro Direto apresentaram forte queda nas taxas, refletindo um movimento de alívio após os decretos de Trump. As taxas prefixadas caíram para até 14,69%, enquanto os títulos de inflação também mostraram recuo. O cenário externo, com a expectativa de tarifas mais brandas, contribuiu para a redução da pressão sobre os rendimentos dos papéis brasileiros. A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2%, o menor patamar em 14 estados, mas a incerteza sobre a política comercial dos EUA continua a gerar volatilidade no mercado.
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