Economia

Ensino superior ainda é relevante, apesar da queda no rendimento em 12 anos

Rendimento de trabalhadores com ensino superior caiu 12% em 12 anos. Trabalhadores sem qualificação tiveram aumento de 41% na renda no mesmo período. Proporção de trabalhadores com mais escolaridade que a exigida subiu de 26% para 38%. Brasil apresenta altos diferenciais de renda para quem possui ensino superior. Necessidade de alinhar formação acadêmica com o mercado de trabalho é urgente.

Estudantes chegam em colégio do Rio de Janeiro para realizar o Enem (Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo)

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Nos últimos doze anos, o rendimento de trabalhadores com ensino superior caiu 12%, enquanto aqueles sem qualificação experimentaram um crescimento de 41% na renda. Esses dados, extraídos de uma reportagem do GLOBO, indicam uma aparente desvalorização do diploma universitário. Contudo, a reportagem ressalta que, mesmo com essa queda, quem possui nível superior ainda ganha 126% a mais do que aqueles com apenas ensino médio e 305% a mais em comparação com trabalhadores sem instrução.

Segundo a OCDE, o Brasil, junto com Chile, Colômbia e Costa Rica, apresenta os maiores diferenciais de renda em favor de quem tem ensino superior. Em contrapartida, países como Noruega e Suécia mostram menor discrepância salarial. Essa diferença acentuada no Brasil pode ser atribuída à desigualdade social e ao número relativamente pequeno de trabalhadores qualificados, o que faz com que o diploma tenha um impacto mais significativo.

Entre 2012 e 2024, a proporção de trabalhadores sem instrução caiu de 7% para 4%, enquanto a população com diploma universitário aumentou de 10% para 18%. A ampliação do acesso à educação é um avanço, mas ainda há desafios a serem enfrentados, como a universalização do ensino médio e a expansão da educação profissionalizante, além da necessidade de garantir qualidade em todos os níveis de ensino.

Estudos indicam que mais da metade dos diplomados em nível superior não está empregada em áreas relacionadas à sua formação, evidenciando a necessidade de requalificação profissional. O estudo do Ipea apontou um aumento de 26% para 38% na proporção de trabalhadores com escolaridade superior à exigida para suas funções. A educação é fundamental para a redução das desigualdades, mas não é a única solução; a economia também deve contribuir para esse processo.

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