20 de fev 2025
Venda de imóveis cresce em São Paulo e no Rio, mas preços caem abaixo da inflação
O preço dos imóveis no Rio de Janeiro caiu 2,95%, com desvalorização real de 7,78%. Transações no Rio aumentaram 15,2%, totalizando 60.887 vendas em 2024. Em São Paulo, as transações subiram 26%, mas valorização do metro quadrado foi negativa. Belo Horizonte teve valorização real de 1,1%, superando o Rio em preço médio do metro quadrado. Expectativa é de desaceleração e desvalorização real mais acentuada nos próximos meses.
Mercado imobiliário no Rio (Foto: Roberto Moreyra)
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Os juros altos têm impactado o mercado imobiliário em São Paulo e no Rio de Janeiro, mantendo os preços dos imóveis sob controle, mas não inibindo a demanda. No Rio, os preços de venda caíram 2,95%, conforme o relatório de Compra e Venda do Quinto Andar. Considerando a inflação de 4,83% medida pelo IPCA, a desvalorização real foi de 7,78%. Apesar disso, o número de transações aumentou 15,2%, totalizando 60.887 registros de compra e venda, um crescimento em relação às 52.813 transações de 2023, segundo a plataforma RioM².
Em São Paulo, o aumento nas transações foi ainda mais expressivo, com 26% de alta. Ao longo do ano, 195.063 imóveis foram vendidos, conforme dados da plataforma SPm². Na mesma plataforma, o metro quadrado teve uma valorização de 4,28%, embora abaixo da inflação, resultando em uma queda real de 0,55%. O valor médio do metro quadrado na capital paulista fechou em R$ 7.315.
Belo Horizonte apresentou um desempenho superior em termos de preço, com uma valorização real de 1,1% e 5,93% sem considerar a inflação. O valor médio do metro quadrado na cidade ficou em R$ 5.032, ligeiramente acima do R$ 5.000 do Rio. A dificuldade na obtenção de crédito, devido ao aumento das taxas de financiamento pelos bancos, tem levado muitos a adiar a compra do imóvel próprio, segundo Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
A expectativa é de que o mercado imobiliário enfrente uma desaceleração, com uma perspectiva de desvalorização real dos imóveis ainda mais acentuada do que a observada no último trimestre. O cenário atual sugere que os desafios econômicos continuarão a influenciar as negociações no setor.
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