Economia

Expectativas de mercado indicam que a política fiscal brasileira não está se deteriorando

O real se valorizou, desafiando a ideia de crise fiscal iminente no Brasil. Expectativa de déficit primário para 2024 foi revisada de 1% para 0,1%. FMI prevê continuidade da melhora nas contas públicas brasileiras. Inflação de janeiro foi a menor da história do real, aliviando tensões. Política fiscal brasileira se mostra anticíclica, estabilizando a economia.

Notas de real (Foto: Agência O Globo)

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O Brasil enfrenta uma crise fiscal iminente, conforme apontam análises econômicas. A depreciação do real no final de 2024 foi atribuída à deterioração das expectativas sobre as contas públicas, especialmente após o anúncio de mudanças no Imposto de Renda. Durante algumas semanas, discutiu-se a possibilidade de dominância fiscal, uma situação em que a política monetária perde eficácia no controle da inflação. No entanto, a recente valorização do real, acompanhada pela queda do dólar, sugere que a depreciação estava mais ligada a fatores externos.

A inflação de janeiro de 2024 foi a menor da história do real, o que fez com que a ideia de dominância fiscal perdesse força. As expectativas de mercado, conforme o boletim Focus, mostram uma melhora nas projeções fiscais: o déficit primário esperado para 2024 caiu de 1% para 0,5%, enquanto o resultado oficial foi de 0,1%. Além disso, a previsão de crescimento da economia brasileira para 2024 subiu de 1,5% para 3,2% ao longo do ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) classifica o resultado estrutural do Brasil como superior à média de países ricos e emergentes desde 2010, prevendo uma continuidade na melhora das contas públicas. A política fiscal brasileira tem se mostrado anticíclica, aumentando os gastos em períodos de desaquecimento econômico e reduzindo-os em tempos de crescimento. O crescimento do PIB potencial, impulsionado por um leve aumento no investimento público, é crucial para evitar inflação.

Por fim, a estabilidade fiscal é essencial para atrair investimentos privados e garantir um crescimento sustentável. No entanto, a simples redução do déficit não é suficiente; é necessário um debate profundo sobre a qualidade do gasto público e seu impacto na desigualdade e no crescimento. Guilherme Klein, professor da Universidade de Leeds, enfatiza a importância de equilibrar responsabilidade fiscal com desenvolvimento econômico.

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