Economia

Trump intensifica tarifas e gera incertezas para a indústria brasileira e comércio global

A indústria brasileira teme tarifas comerciais dos EUA, que podem elevar custos. A guerra comercial entre EUA e China pode beneficiar o Brasil, mas traz riscos. Aumento de produtos chineses no Brasil pode reduzir preços, mas afetar empregos. A valorização do dólar pode pressionar a inflação e elevar juros no Brasil. Especialistas alertam para a necessidade de diversificação nas relações comerciais.

Trump e Lula (Foto: Reuters)

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A crescente preocupação da indústria brasileira com as tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reflete um cenário de incertezas para o comércio exterior. Especialistas alertam que, além de taxas mais altas sobre produtos brasileiros, as medidas podem desencadear uma guerra comercial com a China, que já respondeu com tarifas adicionais sobre produtos americanos. Em janeiro, Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre produtos chineses, o que pode intensificar a relação comercial da China com países como o Brasil, que já representou 24,2% das importações chinesas em 2024.

Os impactos diretos e indiretos das tarifas podem ser significativos. O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, destacou uma queda de 8% no faturamento do setor em 2024, enquanto as importações de produtos chineses aumentaram 33%. Embora a presença de produtos chineses possa inicialmente reduzir custos para os consumidores, especialistas alertam que isso pode prejudicar a indústria nacional a médio e longo prazo, especialmente em setores com maior investimento chinês.

A análise da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) indica que o Brasil enfrenta vulnerabilidades na disputa comercial, com tarifas médias de 12,4% sobre importações americanas, em contraste com 2,7% sobre exportações brasileiras. A falta de reciprocidade tarifária, especialmente em produtos como etanol, pode ser explorada nas negociações. A Amcham sugere que o Brasil deve investir em diálogo para evitar uma escalada de medidas protecionistas, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do país.

Por fim, a implementação de tarifas em retaliação a impostos sobre serviços digitais também é uma preocupação crescente. Trump está revisando impostos aplicados por países como França e Reino Unido, o que pode afetar empresas americanas no exterior. A política tarifária de Trump, que já inclui tarifas de 25% sobre aço e alumínio, continua a ser uma prioridade, com potenciais impactos significativos nas relações comerciais globais e na economia brasileira.

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