Economia

Canadenses adotam boicote a produtos dos EUA em resposta a ameaças de tarifas de Trump

A relação comercial entre Canadá e EUA se deteriora com tarifas anunciadas por Trump. Pesquisa revela que 85% dos canadenses planejam boicotar produtos americanos. Supermercados canadenses mostram queda nas vendas de produtos dos EUA. Cancelamentos de viagens aos EUA refletem mudança nas atitudes dos consumidores. Aplicativo "Buy Beaver" ajuda canadenses a escolher produtos locais, com 35 mil downloads.

Placas com a mensagem 'Compre Canadense' nas prateleiras de supermercados em Victoria, Canadá (Foto: James MacDonald/Bloomberg)

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Nos supermercados do Canadá, produtos agrícolas dos Estados Unidos estão se acumulando nas prateleiras, enquanto consumidores locais buscam alternativas nacionais. A tensão aumentou após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas sobre produtos canadenses e mexicanos, programadas para entrar em vigor em 4 de março. Ellen Bessner, advogada de Toronto, expressou sua determinação em substituir produtos americanos, afirmando: "Sempre fui focada em 'comprar Canadá', mas com a ameaça de tarifas, estou elevando isso a outro nível." O Canadá, que importou US$ 349,4 bilhões em bens dos EUA em 2024, agora vê uma mudança significativa nas preferências dos consumidores.

Uma pesquisa do Instituto Angus Reid revelou que 85% dos canadenses pretendem substituir produtos dos EUA por alternativas locais. Além disso, quase metade dos entrevistados planeja alterar seus planos de viagem para evitar o país. Irene Taylor, por exemplo, cancelou uma viagem de dois meses à Carolina do Sul, optando por visitar a costa leste do Canadá. O impacto econômico é palpável, com o escritório de advocacia Fasken Martineau DuMoulin perdendo 1 milhão de dólares canadenses ao cancelar uma conferência em Las Vegas. Companhias aéreas também estão reduzindo voos para os EUA, prevendo uma queda na demanda.

Nos supermercados, o movimento em direção a produtos canadenses é evidente. O CEO da Loblaw reportou um crescimento de 8% nas vendas de produtos locais na primeira semana de fevereiro. Em Toronto, maçãs americanas e pimentões mexicanos estão sendo deixados de lado em favor de opções canadenses. Greg Taylor, diretor de investimentos, também mencionou que está evitando vinhos americanos "por vingança". Especialistas alertam que a insatisfação dos canadenses pode ter repercussões negativas para os negócios americanos, especialmente com a continuidade da guerra comercial.

A pressão para comprar produtos canadenses está levando os consumidores a fazer sacrifícios, mesmo que isso signifique custos mais altos. Frutas cítricas, por exemplo, precisarão ser importadas da América do Sul, e 41% dos entrevistados afirmaram que deixariam de comprar na Amazon. Apesar dos desafios, muitos canadenses, como Ellen Bessner, acreditam que vale a pena pagar mais por produtos locais. Ela destacou que é importante que aqueles que podem arcar com os custos façam um esforço para apoiar a economia canadense.

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