Trump admite que novas taxas podem ultrapassar 25% em reunião com CEOs

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (11) que as novas tarifas implementadas durante sua gestão podem ultrapassar 25%. Durante uma reunião com cerca de 100 CEOs de grandes empresas, Trump defendeu o CEO da Tesla, Elon Musk, e afirmou que, apesar de alguns contratempos, o governo economizou uma quantia significativa de dinheiro. O encontro ocorreu em Washington, no mesmo dia em que Trump revelou que dobrará a tarifa sobre produtos de aço e alumínio do Canadá, elevando-a para 50%.

As políticas econômicas de Trump têm se concentrado em tarifas, que visam corrigir relações comerciais desequilibradas e trazer empregos de volta ao país. No entanto, os mercados reagiram negativamente, com investidores preocupados que essas medidas possam aumentar os preços e a inflação, afetando a confiança do consumidor. O CEO da Delta Air Lines, Ed Bastian, alertou que as preocupações econômicas já impactam as viagens domésticas. Economistas do Goldman Sachs cortaram suas previsões de crescimento dos EUA para 2025 e aumentaram as expectativas de inflação.

A Business Roundtable, que representa os principais CEOs dos EUA, pediu que os cortes de impostos de Trump se tornem permanentes e que as tarifas sejam removidas rapidamente para evitar impactos econômicos severos. A incerteza gerada pelas políticas tarifárias de Trump está afetando diversos setores, levando empresas a alertar sobre possíveis aumentos de preços. O índice S&P 500 registrou uma queda de quase 3% desde a eleição de Trump, refletindo a deterioração do sentimento entre consumidores e empresas.

Recentemente, Trump impôs tarifas adicionais sobre produtos chineses e anunciou que as tarifas sobre aço e alumínio entrarão em vigor na quarta-feira. Ele também ameaçou aumentar substancialmente as tarifas sobre carros importados se o Canadá não eliminar tarifas sobre eletricidade. Empresas como a Henkel e a Kohl's Corp já relataram uma demanda em declínio, enquanto grandes varejistas como Macy's, Walmart e Target moderaram suas expectativas devido ao aumento dos riscos de inflação e temores de recessão.