Economia

Morgan Stanley prevê aumento do ruído fiscal no Brasil e recomenda apostas em juros

O Morgan Stanley prevê aumento do "ruído fiscal" em março, impactando juros. Expectativas de gastos crescentes se intensificam com as eleições de 2026. Avaliação da administração Lula piorou, gerando preocupações sobre crescimento. Congresso votará o Orçamento de 2025 após o Carnaval, até 10 de março. Curva DI reflete incertezas, com riscos de inflação e postura do Banco Central.

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Março deve trazer maior instabilidade fiscal ao Brasil, segundo relatório do Morgan Stanley, assinado pela estrategista Ioana Zamfir. Ela recomenda que investidores apostem na inclinação da curva futura de juros, destacando que o sentimento fiscal será um fator crucial para os ativos brasileiros em 2024, especialmente com os riscos de gastos adicionais relacionados à eleição de 2026. Zamfir observa que, após um período de silêncio nas manchetes, as valuações baratas resultaram em expectativas de taxas terminais mais baixas e uma moeda mais forte.

O Congresso deve votar o Orçamento de 2025 após o Carnaval, possivelmente após 10 de março, e o governo divulgará seu relatório fiscal bimestral até 22 de março, embora um adiamento seja possível. A estrategista ressalta que os gastos estão limitados a 1/12 do valor sugerido na ausência de um orçamento aprovado, o que pode acelerar a votação. Além disso, a preocupação com os preços altos dos alimentos deve persistir, com riscos fiscais assimétricos.

Zamfir também menciona a deterioração da avaliação da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pesquisas recentes e os riscos de um crescimento mais fraco, refletidos em indicadores de confiança. Apesar disso, os dados concretos ainda mostram resiliência. O aperto da política monetária levanta preocupações sobre o crescimento, e os investidores estão atentos a uma possível desaceleração até o fim do ano.

A combinação de crescimento e preocupações fiscais deve levar a uma inclinação na curva DI. Atualmente, a curva precifica apenas cerca de 50 pontos básicos de flexibilização nos próximos dois anos, refletindo uma postura do Banco Central de “mais alta por mais tempo”. Zamfir recomenda posições vendidas no DI com vencimento em 2027 e compradas para janeiro de 2031, visando 60 pontos básicos. Se o ruído fiscal aumentar, as preocupações com o crescimento devem manter a parte curta da curva ancorada, enquanto prazos mais longos serão mais impactados.

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