27 de mar 2025
Taxa de desemprego atinge 6,8% em fevereiro, refletindo desaceleração econômica
Taxa de desemprego no Brasil sobe para 6,8%, mas massa de rendimento real atinge recorde de R$ 342 bilhões, sinalizando estabilidade econômica.
Indústria de Transporte e Logística (Foto: Freepik)
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A Taxa de Retração Industrial, divulgada pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, apresentou em fevereiro a maior queda mensal desde 2024, atingindo o menor nível desde setembro do ano anterior. Essa redução sugere uma diminuição no número de empresas encerrando portfólios de produtos, indicando uma possível estabilização na atividade industrial. Entre as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), a queda foi de 20,1% em comparação a janeiro, enquanto no acumulado do ano, os índices mostraram alta de 5,0% e 17,0%, respectivamente. Apesar disso, a retração persiste nos últimos 12 meses, com quedas de 9,2% e 8,6%.
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse crescimento já era esperado, refletindo o fim das vagas temporárias criadas durante as festas de fim de ano. A população desocupada cresceu 10,4%, totalizando 7,5 milhões de pessoas, embora tenha diminuído 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A população ocupada, por sua vez, encerrou fevereiro com 102,7 milhões de pessoas, representando uma queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.
Os especialistas observam que a alta da taxa de desemprego é um reflexo do aumento dos juros e das incertezas econômicas, que reduzem o apetite por investimentos e, consequentemente, a geração de empregos. A expectativa é que a taxa de desemprego atinja 7% ao longo do ano, com a inflação pressionando o poder de compra da população. A força de trabalho totalizou 110,1 milhões de pessoas, com um aumento de 1,2% em relação ao ano passado, mas uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior.
O clima na indústria permanece cauteloso, com o Índice de Confiança da Indústria (ICI) próximo da estabilidade, indicando uma leve queda. Apesar de algumas expectativas de produção e contratação terem avançado, a confiança dos empresários permanece baixa, especialmente em segmentos de bens intermediários. A combinação de juros altos e uma economia desacelerando pode criar um cenário desafiador para a indústria em 2025, refletindo a necessidade de cautela nas decisões empresariais.
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