11 de abr 2025
Inflação no Brasil desacelera em março, mas acumula alta de 5,48% em 12 meses
Inflação desacelera em março, mas taxa acumulada em 12 meses atinge 5,48%, pressionada por alimentos como o tomate e serviços.
IPCA de março ficou em 0,56% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Foto: Robson Fernandes/Estadão)
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A inflação no Brasil desacelerou de 1,31% em fevereiro para 0,56% em março, conforme dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração mensal, a taxa acumulada em doze meses subiu para 5,48%, o maior nível em mais de dois anos, distanciando-se da meta de 3,00% do Banco Central.
Os preços dos alimentos, especialmente o tomate, que teve um aumento de 22,55%, foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,17% em março, representando cerca de 45% do IPCA do mês. Outros itens, como ovo de galinha e café moído, também contribuíram para o aumento, enquanto alguns produtos, como óleo de soja e arroz, apresentaram queda.
A inflação de serviços, que reflete a pressão da demanda, subiu 0,62% em março, acumulando 5,88% em doze meses. O economista Fernando Gonçalves, do IBGE, destacou que o mercado de trabalho aquecido impulsiona o consumo, elevando os custos de serviços. Todos os nove grupos do IPCA registraram aumentos, com destaque para Habitação e Transportes.
As previsões para a inflação em 2025 foram levemente ajustadas, com expectativa de 5,5%. O economista Fabio Romão, da LCA Consultores, mencionou que a recente queda nos preços do petróleo pode levar a uma redução nos preços dos combustíveis. A normalização climática também é esperada para ajudar na oferta de alimentos e, consequentemente, na contenção da inflação.
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