Economia

Governo de Javier Milei enfrenta resistência de supermercados a aumentos de preços

Guerra de preços entre supermercados e produtores acirra tensões no governo Milei, enquanto inflação e flutuação do dólar pressionam o mercado.

Javier Milei em um evento em Buenos Aires, no dia 2 de abril. (Foto: Tomas Cuesta/Getty Images)

Javier Milei em um evento em Buenos Aires, no dia 2 de abril. (Foto: Tomas Cuesta/Getty Images)

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O presidente argentino, Javier Milei, criticou duramente produtores de bens de consumo durante entrevista, em meio a tensões com supermercados sobre aumentos de preços. A declaração ocorreu após produtores enviarem listas com elevações de 7% a 9%, rejeitadas pelas grandes redes varejistas.

O governo de Milei, que implementou um plano de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e removeu restrições cambiais, apoiou a postura dos supermercados. O ministro da Economia, Luis Caputo, celebrou a decisão das redes de rejeitar os aumentos, publicando mensagens de apoio nas redes sociais.

A disputa de preços ocorre em um cenário de alta inflação e flutuação do dólar. A moeda argentina subiu 12% logo após a liberação do câmbio, atingindo 1.230 pesos por unidade. Produtores de óleo, cereais e produtos de limpeza repassaram o aumento do dólar aos preços, mas encontraram resistência nos supermercados.

De acordo com o diretor da Associação de Supermercados Unidos (ASU), Vasco Martínez, o mercado não tem condições de absorver os aumentos, especialmente diante da queda no consumo. O consumo minorista caiu 5,4% em março, acumulando uma retratação de 8,6% no primeiro trimestre.

A inflação também preocupa o governo, com alta de 3,7% em março, revertendo a tendência de queda. Os alimentos subiram acima da média, atingindo 5,9%, o que motivou o apelo do governo aos supermercados para resistirem aos aumentos.

Após a repercussão, a empresa Molinos anunciou a retirada dos aumentos, o que foi comemorado por Caputo. A situação demonstra a instabilidade econômica na Argentina e a busca por soluções para conter a inflação e proteger o poder de compra da população.

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