23 de mai 2025

Café brasileiro mantém liderança nas importações dos EUA mesmo com tarifa de 10%
EUA mantêm liderança nas importações de café brasileiro, mesmo com nova tarifa de 10%. Cresce a demanda por cafés especiais e gelados.
Foto:Reprodução
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Maior consumidor de café do mundo, os Estados Unidos continuam a ser o principal destino do café brasileiro. Entre janeiro e abril de 2023, o país adquiriu 2,3 milhões de sacas de café verde do Brasil, mantendo sua posição de liderança nas importações. A Alemanha ficou em segundo lugar, com 1,7 milhão de sacas. O interesse por cafés especiais tem crescido entre os americanos, com 634 mil sacas desse tipo enviadas para o país, representando 19% das exportações de cafés diferenciados.
O consumo de café nos lares americanos atingiu 76%, refletindo uma relação forte com a bebida. Marcos Matos, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destaca que o Brasil se prepara para atender às exigências do mercado externo, com um repasse de 91% do preço FOB ao produtor. Dados da Associação Nacional de Café (NCA) mostram que os americanos consomem, em média, três xícaras de café por dia, superando a água engarrafada.
Tendências de Consumo
O aumento na preferência por cafés gelados e especiais é notável. Pavel Cardoso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), observa que 46% dos adultos americanos consumiram cafés especiais no início do ano, um aumento em relação a 39% em 2020. O interesse por bebidas geladas, como o cold brew, também cresceu, com a Abic buscando melhorar o marketing do café brasileiro no exterior.
A recente imposição de uma taxa de 10% sobre o café brasileiro pelo governo americano não parece afetar o consumo. Cardoso acredita que a paixão dos americanos pela bebida garantirá a resiliência do mercado. A NCA está pleiteando a isenção dessa tarifa, que também se aplica a outros países exportadores, como Colômbia e Costa Rica.
Oportunidades para Cafés Especiais
Os jovens americanos estão cada vez mais interessados em cafés de terroir, buscando experiências sensoriais diversas. Carmem Lucia Chaves de Brito, presidente da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), afirma que a demanda por cafés especiais deve aumentar 25% este ano, mesmo com os preços elevados. O Brasil, que produz 40% do café verde consumido globalmente, ainda enfrenta desafios para agregar valor ao seu produto no mercado internacional.
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