24 de mai 2025

Aumento do IOF prejudica produtividade, mas pode beneficiar o Banco Central
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, eleva alíquotas do IOF, impactando operações de crédito e gerando incertezas no mercado financeiro.
Foto:Reprodução
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um aumento expressivo nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente para operações de crédito, que mais que dobraram. Essa mudança gera preocupações sobre a eficiência econômica e o impacto no crédito bancário.
Para operações de crédito, a alíquota do IOF subiu de 1,88% para 3,95%, um aumento significativo que pode inviabilizar diversas operações e elevar o custo de outras. O IOF é cobrado sobre o valor total da operação, o que significa que um empréstimo de R$ 10 mil, por exemplo, terá um imposto de R$ 395. Essa elevação pode resultar em uma forte desintermediação do crédito bancário, afetando a produtividade e o crescimento econômico.
Detalhes das Novas Alíquotas
Além do aumento nas operações de crédito, outras alíquotas também foram alteradas. Cartões de crédito e débito internacionais, por exemplo, passaram de 3,38% para 3,5%. A remessa de recursos para contas no exterior para investimento teve um aumento de 0,38% para 1,1%. A medida visa melhorar a arrecadação fiscal e pode ajudar o Banco Central a controlar a taxa Selic.
O aumento do IOF câmbio, que tem função arrecadatória, também gerou preocupações no mercado, levando a especulações sobre um possível fechamento da conta de capital, similar ao que ocorreu na Argentina. Haddad tentou minimizar o impacto negativo, mas a incerteza persiste.
Implicações Fiscais e Econômicas
A elevação do IOF pode resultar em uma receita adicional para o governo, mas também traz riscos. A medida pode aumentar o grau de contração monetária, ajudando o Banco Central a interromper o ciclo de alta da Selic. Contudo, a percepção de que o governo pode estar caminhando para um fechamento da conta de capital preocupa investidores.
A nova tributação também se estende a operações de crédito em cooperativas e a transações entre fornecedores e varejistas, que agora são tratadas como empréstimos regulares. Essa mudança visa aumentar a fiscalização e evitar fraudes, como no caso Americanas.
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