Economia

Desafios da restauração florestal comprometem a Amazônia e seu futuro sustentável

Estados da Amazônia Legal falham em integrar políticas de restauração florestal a oportunidades de mercado, especialmente no setor de carbono.

Andre Zumak (Foto: Reprodução)

Andre Zumak (Foto: Reprodução)

Ouvir a notícia

Desafios da restauração florestal comprometem a Amazônia e seu futuro sustentável - Desafios da restauração florestal comprometem a Amazônia e seu futuro sustentável

0:000:00

A restauração florestal na Amazônia Legal é considerada uma estratégia vital para combater as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade. Contudo, uma análise da Climate Policy Initiative (CPI/PUC-Rio) revela que os estados da região tratam essa prática mais como uma obrigação do que como uma oportunidade econômica. A pesquisa, realizada em parceria com o projeto Amazônia 2030, aponta que entre 19 e 34 milhões de hectares de áreas degradadas na Amazônia poderiam ser restaurados.

Os governos estaduais têm um papel crucial na implementação de políticas de restauração, definindo regras e critérios necessários. No entanto, a análise mostra que as políticas de restauração não estão conectadas a oportunidades de mercado, especialmente no setor de carbono. Cristina Leme Lopes, gerente sênior de pesquisa do CPI/PUC-Rio, destaca que a restauração pode ser mais lucrativa do que atividades agropecuárias tradicionais, mas os estados ainda não exploraram essa possibilidade.

A pesquisa avaliou as políticas públicas em estados como Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. A falta de governança integrada e a ausência de um alinhamento claro entre as políticas dificultam a implementação eficaz das iniciativas de restauração. Apenas o Pará possui um plano abrangente para recuperação da vegetação nativa, enquanto o Acre está em processo de elaboração de um plano similar.

Recomendações para a Restauração

Os pesquisadores sugerem a criação de políticas específicas para a restauração florestal e a redução de barreiras regulatórias que dificultam a atividade. Além disso, é necessário desenvolver incentivos econômicos, como os Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), que atualmente se concentram em áreas já conservadas, em vez de áreas a serem restauradas. Essas ações são essenciais para transformar a restauração em uma atividade econômica viável na Amazônia.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela