Economia

Brasil enfrenta desafios globais e se prepara para ajuste fiscal necessário

Economia brasileira se destaca com crescimento do PIB e valorização do real, mas enfrenta riscos com juros elevados e necessidade de ajustes fiscais.

Com a Selic nesse patamar, é difícil manter o ritmo atual da economia (Foto: Sergio Barzaghi)

Com a Selic nesse patamar, é difícil manter o ritmo atual da economia (Foto: Sergio Barzaghi)

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Desde a Segunda Guerra Mundial, o comércio internacional enfrenta desafios significativos, conforme analisa Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco. O aumento das tarifas internacionais, iniciado durante a presidência de Donald Trump nos Estados Unidos, tem forçado empresas a reestruturar suas cadeias produtivas, resultando em uma redução da eficiência econômica global.

Honorato, que participou do Summit Imobiliário em São Paulo, destacou que a economia brasileira se beneficia da valorização do real e do crescimento do PIB, impulsionado principalmente pelo agronegócio. Apesar dos altos juros, que podem desacelerar o crescimento futuro, o real se aprecia, ajudando a controlar a inflação. O economista prevê que a moeda brasileira pode alcançar R$ 5,00 até o final do ano.

A economia real do Brasil mostra resiliência, com o PIB superando em oito pontos porcentuais as projeções dos analistas nos últimos cinco anos. A taxa de desemprego é a menor da série histórica, o que tem impulsionado o consumo das famílias. Honorato projeta um crescimento de 4,7% acima da inflação para 2025, beneficiando setores como o imobiliário, mesmo com a Selic em 15%.

Desafios Futuros

Apesar do desempenho atual, Honorato alerta que os juros reais elevados podem desacelerar a economia. Ele menciona que 61% das empresas listadas na B3 não conseguem obter retorno superior ao custo da dívida. Contudo, a expectativa é que o esfriamento econômico permita ao Banco Central reduzir a Selic, que pode chegar a 11,75% em 2026, aliviando o setor produtivo.

Honorato também enfatiza a necessidade de uma reorganização fiscal após as eleições presidenciais de 2024. O governo atual já sinaliza que ajustes serão inevitáveis em 2027 para evitar um estrangulamento orçamentário. Ele acredita que, com um plano crível de médio prazo, o Brasil pode replicar cenários de controle da inflação e juros baixos, beneficiando especialmente o setor imobiliário e o agronegócio.

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