Economia

IOF revela problemas maiores no sistema fiscal brasileiro

Relatório do Banco Mundial alerta que Brasil precisa de ajuste fiscal de R$ 380 bilhões anuais para evitar colapso fiscal.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Gabriela Biló - 17.set.24/Folhapress)

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O Brasil enfrenta um desequilíbrio orçamentário crescente, com a dívida pública alcançando 76% do PIB. Um novo relatório do Banco Mundial destaca a necessidade de um ajuste fiscal de 3% do PIB no saldo primário para evitar um colapso fiscal.

O estudo aponta que o país precisa de um ajuste de R$ 380 bilhões anuais. Enquanto isso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejava arrecadar apenas R$ 40 bilhões em 2026 com o aumento do IOF. Desde 2013, a dívida pública cresceu mais de 20 pontos percentuais, exigindo não apenas a eliminação do déficit, mas também a criação de superávits para enfrentar os juros.

Reformas fiscais e controle de despesas são essenciais. O Banco Mundial sugere que a maior parte do ajuste deve vir do controle de despesas, em vez de aumentar impostos, já que a carga tributária atual é de 33% do PIB. Medidas como a reforma previdenciária e a desvinculação de benefícios sociais do salário mínimo são consideradas necessárias.

Medidas Necessárias

Além disso, a revisão de subsídios e isenções fiscais, que superam 4% do PIB no âmbito federal, é crucial para aumentar a eficiência do gasto público. O relatório também recomenda ampliar a base do Imposto de Renda, reduzindo abatimentos que favorecem os mais ricos. Sugestões incluem políticas fiscais que promovam vantagens ambientais, como a reforma do Imposto Territorial Rural (ITR), que atualmente arrecada apenas R$ 3,1 bilhões anuais.

As regras de controle de gastos implementadas anteriormente mostraram-se insuficientes. A rigidez orçamentária, somada ao crescimento das despesas obrigatórias acima da inflação, compromete a capacidade do Estado de responder a crises. Sem reformas, a projeção é de que a dívida pública continue a crescer até 2033, dificultando a redução dos juros e aumentando a vulnerabilidade a crises financeiras.

A expectativa é que, até as eleições do próximo ano, as medidas sejam apenas paliativas, deixando as ações urgentes para o próximo governo. A incerteza persiste sobre a possibilidade de um colapso da máquina pública antes que soluções efetivas sejam implementadas.

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