29 de jun 2025

Ajuste fiscal de 3% do PIB é exigido para conter bomba econômica no país
Banco Mundial alerta que Brasil precisa de ajuste fiscal urgente de 3% do PIB para evitar colapso da dívida pública.

Palácio do Planalto (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Um novo relatório do Banco Mundial revela que o Brasil enfrenta uma bomba fiscal que requer um ajuste de 3% do PIB para estabilizar suas contas públicas. A dívida pública, que já ultrapassa 80% do PIB, gera preocupações sobre a estabilidade econômica do país. O estudo enfatiza que é crucial interromper o crescimento da dívida para evitar um descolamento ainda maior em relação a outros países.
O documento sugere uma série de medidas para controlar gastos e aumentar receitas. Entre as propostas estão a redução de privilégios no setor público, a desvinculação do salário mínimo dos benefícios previdenciários e a revisão de programas como o abono salarial. Além disso, recomenda reformas nas aposentadorias e pensões dos militares e uma ampla reforma administrativa.
Para incrementar as receitas, o relatório sugere ampliar a base do Imposto de Renda, aumentar alíquotas de impostos rurais e eliminar isenções tributárias, especialmente sobre combustíveis. O diagnóstico é claro: a dívida brasileira cresceu mais de 20 pontos percentuais desde 2013, colocando o país em uma espiral negativa.
O Banco Mundial alerta que, sem um ajuste fiscal, o Brasil pode ultrapassar a marca dos 100% do PIB em dívida. A situação é resultado de uma irresponsabilidade crônica na gestão fiscal, com despesas públicas saltando de 40,2% do PIB em 2013 para 44,2% em 2024. A carga tributária, estimada em 23,7% do PIB, é significativamente superior à média latino-americana.
O economista Cornelius Fleischhaker, do Banco Mundial, destaca que o salário mínimo deve proteger os trabalhadores, mas pensões e aposentadorias devem ser calculadas de forma a evitar a pobreza entre os idosos. O governo e o Congresso têm a responsabilidade de enfrentar esses desafios urgentemente.
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