30 de jun 2025

Minha Casa, Minha Vida avança com nova faixa de financiamento habitacional
Governo planeja construir 600 mil casas até 2026 e lançar programas de crédito e locação social para atender a demanda habitacional.
'O brasileiro faz uma casa por etapas, de acordo com a disponibilidade do crédito que ele tem' (Foto: Sergio Barzaghi/Estadão)
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O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) continua a ser um pilar do mercado imobiliário brasileiro, respondendo por 50% dos lançamentos e vendas de imóveis novos no país. O secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira de Almeida, destaca que, apesar da alta da Selic, o programa se mantém estável. Almeida menciona que, entre as ações recentes, estão a discussão sobre a correção do FGTS e a redução das taxas de juros.
Para os próximos anos, o governo planeja construir 600 mil casas em 2023 e mais 600 mil em 2026. Almeida ressalta que, apesar do avanço, o Brasil ainda enfrenta um déficit habitacional de cerca de 6 milhões de domicílios. A relação entre crédito imobiliário e PIB no Brasil é baixa, em torno de 10%, enquanto países como Chile e Estados Unidos apresentam índices superiores a 30% e 50%, respectivamente.
Novos Programas Habitacionais
Além do déficit, há também a questão da inadequação das moradias. Almeida informa que 20 milhões de casas no Brasil não atendem aos padrões adequados. Para mitigar essa situação, o Ministério das Cidades lançará um programa de crédito para melhorias habitacionais. Almeida explica que muitos brasileiros constroem suas casas em etapas, resultando em residências inadequadas, como famílias vivendo sem banheiro.
Outro foco do governo será um programa de locação social voltado para a terceira idade. Almeida observa que esse público, com renda fixa, muitas vezes não consegue financiar um imóvel a longo prazo. O objetivo é oferecer alternativas viáveis para essa faixa etária.
Faixa 4 do MCMV
O MCMV também introduziu a faixa 4, destinada à classe média com renda de R$ 8 a R$ 12 mil mensais, permitindo financiamentos de até 420 meses para imóveis de até R$ 500 mil. O diretor executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal, Roberto Carlos Ceratto, afirma que essa faixa já gerou 560 mil simulações e 12 mil unidades estão em processo de financiamento.
A expectativa é que essas iniciativas, somadas ao subsídio do MCMV e parcerias com governos locais, ampliem o acesso à moradia para famílias que ganham até dois salários mínimos. Em 2024, esse grupo já representou 40% dos financiamentos imobiliários, demonstrando a eficácia das políticas habitacionais em um país com grande diversidade econômica.
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