AI pode impulsionar a adoção da jornada de trabalho de quatro dias, afirma especialista

A discussão sobre a semana de trabalho de quatro dias ganha força à medida que empresas globalmente testam o conceito. Um estudo da CNBC e da Generation Lab realizado em 2024 com 1.033 americanos de 18 a 34 anos revela que 81% dos jovens apoiam a ideia. A introdução de ferramentas de inteligência artificial (IA), como o Microsoft Copilot, promete aumentar a produtividade, já que cerca de 53% do tempo dos trabalhadores do conhecimento é gasto em tarefas repetitivas, segundo Rebecca Hinds, líder do Work Innovation Lab da Asana.

Hinds destaca que a IA pode automatizar essas tarefas, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades mais significativas. Kelly Daniel, diretora de prompts da Lazarus AI, acredita que a evolução das IA pode facilitar a implementação da semana de quatro dias, afirmando que os modelos de IA estão se tornando "mais inteligentes" e mais acessíveis. No entanto, a eficácia dessas ferramentas ainda depende da adoção em larga escala dentro das empresas.

A pesquisa indica que 89% dos trabalhadores que usam IA diariamente relatam ganhos de produtividade, enquanto aqueles que a utilizam com menos frequência têm resultados inferiores. Hinds ressalta que, para que um novo arranjo de trabalho funcione, todos precisam se beneficiar da tecnologia. Sem uma adoção ampla, as mudanças nas modalidades de trabalho podem ser limitadas.

As reações das empresas à adoção da IA podem variar. Algumas podem manter a mesma carga de trabalho em quatro dias, enquanto outras podem exigir que os funcionários se concentrem em tarefas mais significativas, sem reduzir as horas trabalhadas. Além disso, há o risco de que a automação leve à redução de postos de trabalho. Daniel observa que o impacto da IA nos trabalhadores dependerá das metas e necessidades de cada empresa.