24 de abr 2025
Líderes bloqueiam mobilidade interna e desestimulam talentos nas empresas brasileiras
A mobilidade interna de talentos enfrenta um bloqueio cultural nas empresas, com 82% dos profissionais desestimulados a buscar novas oportunidades. A pesquisa da consultoria Gartner revela que muitos líderes temem perder talentos e, assim, sabotam o crescimento dos colaboradores. Essa dinâmica, chamada de síndrome do talento cativo, resulta em um ambiente onde a evolução profissional é vista como tabu. Sem espaço para movimentação, os talentos buscam alternativas fora da organização, levando consigo sua experiência e cultura. A solução passa pela formação de líderes que incentivem a liberdade de movimento e pela criação de diretrizes que promovam a mobilidade interna como estratégia de engajamento.
Em 2022, setenta e oito por cento dos funcionários não se sentiam encorajados a buscar oportunidades internas. O número subiu para oitenta e dois por cento em 2024. (Foto: Freepik)
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Uma pesquisa da consultoria Gartner revela que 82% dos profissionais não se sentem encorajados a buscar novas oportunidades internas nas empresas. Este dado evidencia uma cultura que bloqueia a mobilidade interna e reflete a falta de segurança psicológica para discutir mudanças de carreira.
A pesquisa destaca que apenas 45% dos líderes acreditam que suas equipes podem atingir metas se perderem talentos para outras áreas. Essa mentalidade gera um ambiente onde os líderes atuam como bloqueadores, temendo perder controle e performance. O fenômeno, denominado "síndrome do talento cativo", resulta em uma disfunção organizacional, onde elogios são dados, mas as movimentações são sabotadas.
Os números são alarmantes: em 2022, 78% dos funcionários não se sentiam motivados a buscar novas oportunidades internas, e esse percentual subiu para 82% em 2024. A falta de um ambiente que acolha conversas sobre carreira reforça a ideia de que a mobilidade interna é um tabu.
Estudos do LinkedIn indicam que 61% dos funcionários considerariam buscar novas oportunidades no mercado se não vissem chances de desenvolvimento na empresa. A mobilidade interna deve ser vista como uma estratégia de engajamento, não como um risco operacional. Movimentos de carreira podem incluir mudanças laterais ou projetos temporários, não apenas promoções.
Para reverter esse cenário, é essencial que as empresas formem gestores que entendam seu papel no desenvolvimento de pessoas. Cultivar uma cultura de livre movimentação dos talentos traz benefícios como maior engajamento e fortalecimento da marca empregadora. Engajar é permitir movimento, e a liderança moderna deve focar em formar talentos, não em aprisioná-los.
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