Taxa de administração e juros: como a Selic afeta consórcios e financiamentos
Consórcio imobiliário se destaca como alternativa ao financiamento em meio a juros altos e correções inflacionárias no Brasil

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Na busca pela casa própria, muitos brasileiros enfrentam a alta taxa de juros de 15% ao ano, que impacta diretamente as opções de aquisição de imóveis. As duas modalidades mais comuns são o consórcio imobiliário e o financiamento, que apresentam diferenças significativas em termos de custos e condições.
Taxas e Custos
No consórcio, o participante paga uma taxa de administração fixa, que varia entre 15% e 20% do valor total do crédito. Essa taxa é diluída nas parcelas mensais e não sofre influência da Selic. Por exemplo, em um consórcio de R$ 200 mil, a taxa de administração pode resultar em R$ 20 mil ao longo do contrato. Assim, as parcelas mensais de R$ 1.666,67 se tornam R$ 1.809,52 com a inclusão da taxa.
Por outro lado, no financiamento, os juros são o principal custo. Com a Selic em 15%, os juros dos financiamentos variam entre 11,50% e 13,50% ao ano. Em um financiamento de R$ 600 mil em 360 meses, a parcela inicial de R$ 1.333,33 pode aumentar com a correção de juros sobre o saldo devedor, resultando em um pagamento total de R$ 6.133,33.
Correções e Expectativas
Além dos juros, o financiamento pode ter correção pela inflação, utilizando índices como o IPCA ou a TR. Isso significa que o saldo devedor é ajustado, aumentando o custo total. No consórcio, embora não haja juros, as parcelas podem ser corrigidas pelo INCC, que atualmente está em torno de 0,45% ao mês. Essa correção visa manter o poder de compra do crédito, ajustando as parcelas conforme a inflação do setor da construção.
Especialistas apontam que, com a expectativa de queda na Selic em 2026, os juros dos financiamentos podem diminuir, mas a correção do INCC pode aumentar, complicando ainda mais a decisão do consumidor. Para Luiz Almeida Valerio, sócio da Nippur Consórcios, o consórcio se torna uma opção mais vantajosa em um cenário de juros altos, já que as correções são inferiores às taxas de financiamento.
Diante desse cenário, é crucial que os compradores avaliem cuidadosamente as opções disponíveis, considerando não apenas as taxas, mas também as correções e o impacto no orçamento a longo prazo.
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