Setores apoiam pacote contra tarifaço e pedem inclusão de novas áreas
Setores clamam por mais medidas após pacote de R$ 30 bilhões do governo para mitigar impactos da sobretaxa dos EUA sobre exportações brasileiras

O pacote também fortalece o seguro voltado ao comércio exterior, com apoio de fundos garantidores, permitindo acesso inclusive a micro e pequenas empresas (Foto: Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
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Setores da economia brasileira afetados pela sobretaxa de até 50% imposta pelos Estados Unidos elogiaram o pacote de apoio "Brasil Soberano", anunciado pelo governo federal nesta quarta-feira, 13. O programa, que inclui R$ 30 bilhões em crédito e prorrogação de tributos, visa fortalecer o comércio exterior, mas representantes de diversas indústrias pedem ações adicionais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o pacote foi elaborado em diálogo com os setores mais impactados. As medidas incluem a ampliação da devolução de créditos tributários e mudanças nas garantias à exportação, além de fortalecer o seguro voltado ao comércio exterior. As iniciativas têm validade até 2027, quando se espera que a reforma tributária traga um sistema mais estruturado de suporte às exportações.
A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) reconheceu os avanços, mas criticou a falta de instrumentos que beneficiem pequenos produtores. O presidente da entidade, Guilherme Coelho, alertou que sem medidas para a base da produção, há risco de retração nas compras e prejuízo à renda no campo.
Reações do Setor Industrial
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou o pacote um primeiro passo, solicitando agilidade para que pequenas e médias empresas acessem os recursos rapidamente. A Fiesp, por sua vez, defendeu a ampliação das medidas para aumentar a resiliência do setor e manter o diálogo com o setor privado norte-americano.
No setor calçadista, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) elogiou a ampliação do Reintegra e a prorrogação do drawback, mas cobrou ações específicas para a manutenção de empregos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apoiou a priorização de negociações e a possibilidade de novas ações, enquanto outros segmentos, como café e pescados, ainda analisam o alcance do pacote.
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