Preços de vegetais sobem 39% e consumidores enfrentam novo aumento no custo de vida

A inflação de alimentos nos Estados Unidos continua a ser uma preocupação crescente, com aumentos significativos nos preços. Apesar de as cifras oficiais indicarem uma inflação de apenas 2,2% nos últimos doze meses, consumidores relatam experiências opostas. Em Manhattan, um cliente gastou 100 dólares e saiu do supermercado com poucas compras.

Nos últimos cinco anos, os preços médios de alimentos e bebidas aumentaram 34%, impulsionados por fatores como a pandemia e a gripe aviária. Recentemente, os preços de vegetais frescos e secos dispararam, com um aumento de 38,9% em apenas um mês. Além disso, os preços de ovos e peru processado subiram 7,3% e 5,1%, respectivamente.

Tarifas e Oferta Reduzida

A situação é agravada por novas tarifas sobre importações e uma oferta reduzida de carne. O Departamento de Agricultura dos EUA revisou suas previsões de importação de carne bovina devido aos altos impostos. Os custos adicionais impactam diretamente os consumidores, que já enfrentam preços elevados em itens básicos, como café, que está 14,5% mais caro em comparação ao ano passado.

Economistas, como os da Goldman Sachs, preveem que os consumidores absorverão 67% dos custos tarifários no outono. Isso representa um aumento em relação ao 22% estimado até junho, quando as tarifas eram mais baixas. A expectativa é que a inflação chegue a 4,9% no próximo ano, quase o dobro da taxa atual.

Sentimento do Consumidor

O pessimismo entre os consumidores é evidente. Um relatório da Universidade de Michigan indica que muitos esperam um aumento na inflação e no desemprego. Apesar disso, as vendas no varejo cresceram 0,5% em julho, impulsionadas por vendas de automóveis e compras online. No entanto, consumidores de baixa renda, que gastam mais em bens essenciais, estão enfrentando dificuldades financeiras.

A combinação de tarifas, oferta reduzida e aumento nos preços de alimentos sugere um cenário desafiador para os consumidores nos próximos meses.