08 de mai 2025
Taxas de crédito disparam com alta da Selic, enquanto cartão de crédito fica mais barato
Taxas de crédito pessoal disparam com alta da Selic, enquanto parcelado do cartão de crédito apresenta leve queda. Entenda os impactos.
Foto: Reprodução
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A Selic, taxa básica de juros do Brasil, subiu de 10,25% para 14,75% desde setembro do ano passado, afetando diversas linhas de crédito pessoal. Um levantamento do Valor Investe revela que sete das oito principais linhas de crédito encareceram nesse período. O crédito pessoal não consignado foi o mais afetado, com taxas médias saltando de 67,75% ao ano em outubro de 2024 para 80% em abril de 2025.
Esse aumento se deve ao caráter menos seguro dessa modalidade, que não possui garantias como o crédito consignado. A inadimplência tende a ser maior, resultando em juros mais altos. O governo lançou um novo modelo de crédito consignado, facilitando o acesso para trabalhadores do setor privado, eliminando a necessidade de convênios entre bancos e empresas.
Aumento das Taxas
Além do crédito pessoal não consignado, outras linhas também tiveram alta nas taxas. O cheque especial, uma das opções mais caras, viu os juros aumentarem de 145,87% para 147,10%. Os juros do consignado do setor privado subiram de 36,79% para 40,43%, enquanto os do setor público passaram de 22,13% para 25,05%. Para a aquisição de veículos, os juros foram de 23% para 24,75%, e para outros bens, de 32,92% para 40,60%.
O professor Alexandre Chaia, do Insper, explica que o aumento das taxas se relaciona com a Selic. A cada 0,5 ponto percentual de alta na Selic, as linhas de crédito tendem a encarecer em 1,5 ponto percentual. Fatores como a desaceleração econômica e o aumento da inadimplência também influenciam.
Queda no Cartão de Crédito
Curiosamente, o parcelado do cartão de crédito apresentou uma leve queda nas taxas, passando de 178,8% para 168,53%. Essa redução é atribuída a novas regras que limitam os juros do rotativo e ao aumento da competição no setor. O governo busca evitar que os consumidores se endividem excessivamente.
Entretanto, o professor Chaia alerta que essa queda é limitada, pois os bancos podem oferecer outros tipos de crédito com juros mais altos. A recomendação é sempre optar por linhas de crédito com garantias, que costumam ser mais baratas.
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