Priorizar transporte não motorizado é essencial para a mobilidade urbana sustentável

A população brasileira está cada vez mais urbanizada, com 87% dos cidadãos vivendo em áreas urbanas, conforme o Censo de 2022. Essa realidade impõe a necessidade de um planejamento eficaz para a mobilidade urbana, que deve equilibrar aspectos sociais, econômicos e ambientais, conforme o Tripé de Sustentabilidade. A eletrificação dos veículos é uma das soluções que promete transformar a mobilidade nas grandes cidades, seguindo o exemplo de países como China e nações europeias.

Atualmente, o Brasil conta com 397 mil veículos eletrificados, e em 2024, 177 mil novos veículos desse tipo foram adicionados à frota, representando um crescimento de 88,83% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos. A Região Sudeste concentra metade dessa frota, e especialistas projetam que até 2035, o país terá aproximadamente 5,5 milhões de carros elétricos ou híbridos em circulação. O Rio de Janeiro se destaca como um dos estados com maior potencial para liderar a adoção de modelos de mobilidade sustentável.

Internacionalmente, a China prevê que os veículos elétricos e híbridos representarão 20% das vendas totais até 2025. Na Europa, países como França, Holanda e Reino Unido planejam proibir a venda de carros novos a gasolina e diesel até 2040 e 2035. No Brasil, as concessionárias de transporte público, como as que operam metrô e trens no Rio de Janeiro, são consideradas sustentáveis devido à sua eficiência e menor emissão de poluentes, contribuindo para um transporte coletivo mais acessível.

Com uma frota de 123 milhões de veículos, as dificuldades de mobilidade impactam diretamente a qualidade de vida no Brasil. É essencial desenvolver um sistema de transporte que priorize alternativas não motorizadas, como ciclovias e espaços para pedestres, além de projetos de transporte coletivo que integrem o território. O desafio é alinhar esses novos modelos de transporte ao Tripé da Sustentabilidade, um passo necessário para um futuro mais sustentável e acessível.