22 de fev 2025
Financiamento imobiliário cresce na Argentina com reformas de Milei e otimismo econômico
A economia argentina se recupera sob a liderança do presidente Javier Milei, com inflação reduzida. Empréstimos imobiliários devem atingir US$ 3 bilhões em 2025, aumento de 260%. Vendas de residências em Buenos Aires triplicaram em 2024, impulsionadas pela confiança. Financiamentos são atrelados à inflação, o que gera incertezas para os consumidores. A informalidade no mercado de trabalho limita o acesso ao crédito para muitos argentinos.
Vendas de residências garantidas por hipotecas na cidade de Buenos Aires triplicaram em 2024 para cerca de 5.000 em comparação com o ano anterior. (Foto: Erica Canepa/Bloomberg)
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Os ciclos de expansão e retração na economia argentina dificultaram o acesso ao financiamento imobiliário por anos. Contudo, os empréstimos para a compra de imóveis estão voltando com força, com expectativa de que os bancos emitam cerca de US$ 3 bilhões em crédito imobiliário em 2025, um aumento de 260% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Empiria. A demanda por moradias está crescendo, impulsionada pelos esforços do presidente Javier Milei para estabilizar a economia, o que gerou otimismo entre argentinos e investidores.
A redução da inflação, que caiu de 25% ao mês para pouco mais de 2%, e a diminuição das taxas de juros de referência para 29%, têm incentivado os bancos a retomar suas funções de credores. As vendas de residências garantidas por hipoteca em Buenos Aires triplicaram em 2024, totalizando cerca de 5.000 transações. No entanto, os pagamentos mensais dos empréstimos estão atrelados aos aumentos nos preços ao consumidor, o que gera preocupações sobre a sustentabilidade dessa recuperação.
Juan Pablo Rotger, economista de 29 anos, e sua esposa conseguiram um empréstimo de US$ 156.000 do Banco Santander para comprar um apartamento de US$ 200.000 em Acassuso. A confiança dos consumidores está aumentando, refletida em um crescimento de 22 trilhões de pesos (aproximadamente US$ 20,8 bilhões) nos empréstimos do setor privado em 2024, o maior aumento desde 1992. Contudo, a dependência do setor imobiliário como investimento seguro persiste, com transações frequentemente realizadas em dólares.
Os bancos estão registrando hipotecas em unidades chamadas UVAs, que são ajustadas diariamente para refletir a inflação. Apesar do otimismo, há limitações, pois os empréstimos são concedidos apenas a quem pode comprovar renda formal, o que exclui quase metade da força de trabalho que atua informalmente. A capacidade dos bancos de manter baixos os custos dos empréstimos e a habilidade do governo em controlar a inflação serão cruciais para o futuro do mercado imobiliário argentino.
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