Inteligência artificial transforma fábricas e desafia futuro do trabalho e educação

Artur Wichmann, CIO da XP, abordou a necessidade de repensar a educação em um cenário de crescente automação e inteligência artificial. Durante sua participação no programa Stock Pickers, ele destacou que o futuro do trabalho está em risco e que falhas na formação profissional podem comprometer uma geração inteira.

Wichmann compartilhou sua experiência em uma fábrica de papel na Áustria, onde não havia trabalhadores, apenas máquinas operando. Essa realidade ilustra o avanço da automação, que, embora aumente a eficiência, resulta na redução de empregos. Ele enfatizou a diferença entre funções que podem ser automatizadas e aquelas que requerem interação humana, como o cuidado de idosos, que ainda demandará profissionais.

O CIO criticou a ideia de reindustrialização nos Estados Unidos, afirmando que não faz sentido trazer de volta fábricas tradicionais. Para ele, o foco deve ser em setores que ainda necessitam de trabalho humano. Wichmann alertou que a preparação da população para novas formas de emprego é um desafio crucial.

Com a previsão de que três bilhões de pessoas passarão por sistemas educacionais até dois mil e quarenta, ele ressaltou a urgência de reformar o ensino. A formação inadequada pode levar a um aumento do desemprego tecnológico, já visível em setores industriais. A história mostra que a humanidade sempre encontrou novas atividades, mas a adaptação é essencial para evitar crises futuras no mercado de trabalho.