21 de jan 2025
Argentina registra superávit comercial histórico de quase US$ 19 bilhões em 2024
A Argentina registrou um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões em 2024, superando o anterior de 2009. O Fundo Monetário Internacional prevê crescimento de 5% do PIB em 2025 e 2026, elogiando as políticas de Javier Milei. O Banco Central habilitou transações em dólar com cartão de débito, avançando na proposta de dolarização da economia. A inflação anual caiu de 211% para 117% sob a gestão de Milei, mas a recessão gerou aumento da pobreza. O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, respondendo por 17% das exportações argentinas.
Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: Marcelo Endelli/Getty Images)
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A Argentina deve experimentar uma melhora significativa em seu crescimento econômico em 2025, conforme previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Após uma contração de 2,8% em 2024, o PIB argentino deve crescer 5% em 2025 e 2026. O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, destacou que há uma "virada significativa" na economia do país, elogiando as políticas do presidente Javier Milei, que assumiu o cargo há pouco mais de um ano. O índice de risco-país também caiu para o menor nível desde 2018, refletindo uma percepção mais positiva dos investidores.
Em 2024, a Argentina registrou um superávit comercial recorde de US$ 18,9 bilhões, superando o recorde anterior de US$ 16,89 bilhões de 2009. O superávit mensal de dezembro foi de US$ 1,67 bilhão, marcando 13 meses consecutivos de exportações superiores às importações. O aumento das exportações, especialmente de grãos e energia, e a redução dos gastos públicos foram estratégias adotadas por Milei para controlar a inflação, que ainda é alta.
O Banco Central da República Argentina anunciou que instituições de pagamento devem permitir transações em dólar até 28 de fevereiro. Essa medida é vista como um passo em direção à dolarização da economia, uma das promessas de Milei. Além disso, o banco central manteve a taxa de juros em 32% ao ano, apesar das expectativas de cortes. A inflação anual recuou para 117,8%, uma queda significativa em relação ao pico de quase 300% no ano anterior.
O superávit comercial de US$ 18,899 bilhões em 2024 foi impulsionado pela queda nas importações e pelo aumento nas exportações agrícolas, que cresceram 19,4% em relação ao ano anterior. No entanto, especialistas alertam que o superávit é resultado da recessão econômica, que reduziu as importações em 17,5%. O Brasil continua sendo o principal parceiro comercial da Argentina, representando 17,1% das exportações e 23,6% das importações. A gestão de Milei também resultou na redução da inflação de 211% para 117%, embora a recessão tenha gerado um aumento na pobreza.
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