Economia

Setor de energia impulsiona plano cambial de Milei e alivia preocupações econômicas na Argentina

O presidente Javier Milei anunciou redução da desvalorização do peso, visando estabilidade. O setor de energia, especialmente Vaca Muerta, é crucial para as reservas cambiais. Investidores estão cautelosos, mas esperam crescimento no excedente energético até 2025. A combinação de um peso forte e aumento das importações preocupa analistas financeiros. Milei promete desmantelar controles de capital, mas investidores aguardam ações concretas.

Instalação de extração de petróleo em campo terrestre na Argentina: força extra para a economia do país. (Foto: Reprodução)

Instalação de extração de petróleo em campo terrestre na Argentina: força extra para a economia do país. (Foto: Reprodução)

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O setor de energia da Argentina está em expansão, aliviando preocupações sobre a valorização do peso e suas implicações nas reservas cambiais antes do pagamento da dívida. O aumento na produção de petróleo e gás, impulsionado por perfurações nos campos de xisto de Vaca Muerta, tem gerado entradas de dólares para o banco central, conforme afirmaram Pablo Goldberg, da BlackRock, e Ricardo Adrogue, do Barings. Adrogue destacou que, com a forte perspectiva das exportações de energia, o "programa de câmbio administrado da Argentina não deve ser uma grande preocupação".

Os investidores estão atentos à política cambial do presidente Javier Milei, que pode impactar as reservas do banco central, essenciais para pagamentos de dívidas que totalizam mais de US$ 4 bilhões em julho. Goldberg, da BlackRock, prevê um aumento no excedente de energia, que já é o maior em 20 anos, o que gera otimismo. Ele afirmou: “Vamos continuar a ver um crescimento muito forte do balanço energético”, indicando uma mudança estrutural na balança comercial.

Entretanto, o superávit comercial recorde de 2024 não impediu alertas sobre a possibilidade de que um peso mais forte e o fim da recessão levem a um aumento nas importações em relação às exportações. As autoridades argentinas planejam reduzir a desvalorização do peso para 1% no próximo mês, o que, combinado com uma inflação mensal de 2,7%, pode resultar em uma valorização adicional da moeda. Gestores de ativos temem que isso incentive mais importações, reduzindo os fluxos de dólares.

Milei, em entrevista, mencionou a importância de desacelerar a inflação e obter financiamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) antes de desmantelar o regime de bandas cambiais. Ele afirmou: “A questão é a velocidade”, enfatizando que mais financiamento aceleraria a saída do país. Apesar das incertezas, Goldberg acredita que ainda existem "boas notícias ou bons catalisadores" que podem beneficiar os ativos argentinos, como um novo acordo com o FMI e a eliminação de controles de capital.

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