03 de fev 2025
Mudanças climáticas pressionam inflação e exigem ações urgentes no Brasil
O IPCA de 2024 atingiu 4,83%, superando a meta de 4,5% do Banco Central. Eventos climáticos, como secas e enchentes, destruíram lavouras e elevaram custos. A Organização Meteorológica Mundial declarou 2024 como o ano mais quente já registrado. O Brasil ocupa o quinto lugar em emissões de gases de efeito estufa globalmente. Medidas de mitigação e adaptação são urgentes para controlar inflação e pobreza.
Seca no Mato Grosso: gado em pasto na BR-070, no trecho entre Cuiabá e Cáceres (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
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As mudanças climáticas estão impactando profundamente o Brasil, gerando desafios socioeconômicos e ambientais. Entre os efeitos mais evidentes estão as secas severas e enchentes, que não apenas devastam comunidades e ecossistemas, mas também elevam a inflação. Para manter a inflação dentro da meta, o país deve reconhecer que isso requer mais do que políticas fiscais; é necessário transformar as atividades que mais emitem poluentes.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, é fortemente influenciado pelo clima. Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, danificam lavouras, resultando em aumento nos preços dos alimentos. Além disso, a redução das chuvas afeta os reservatórios das hidrelétricas, elevando o custo da energia, o que, por sua vez, impacta o preço de produtos e serviços em todo o setor industrial.
Em 2024, tanto a estiagem quanto as enchentes contribuíram para um aumento significativo nos preços de alimentos, levando o IPCA a 4,83%, acima do teto da meta de 4,5%. O Banco Central reconheceu a relação entre clima e inflação, e relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertam que o aquecimento global intensificará fenômenos climáticos extremos. O Brasil ocupa o quinto lugar entre os maiores emissores de gases de efeito estufa, conforme a plataforma Climate Watch.
Para controlar a inflação, é crucial implementar medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. A mitigação envolve a redução das emissões, principalmente por meio do combate ao desmatamento. A transição energética e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis são essenciais. A adaptação, por sua vez, requer a preparação das comunidades para os impactos climáticos, incluindo melhorias em saneamento e drenagem. Essas ações são urgentes para enfrentar a emergência climática, controlar a inflação e evitar o aumento da pobreza.
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