A inflação dos alimentos tem ficado acima da inflação geral no Brasil (Foto: Getty Images via BBC)

A inflação dos alimentos tem ficado acima da inflação geral no Brasil (Foto: Getty Images via BBC)

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Inflação persiste no Brasil e no mundo cinco anos após o início da pandemia - Inflação persiste no Brasil e no mundo cinco anos após o início da pandemia

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A economia mundial, que antes da pandemia apresentava preços estáveis, baixa inflação e taxas de juros próximas de zero, sofreu mudanças drásticas desde 2020. Nos anos que antecederam a covid-19, países como os Estados Unidos e na Europa mantinham uma inflação anual abaixo de 2%. O Brasil, por sua vez, registrava uma inflação em torno de 4,5% e juros abaixo de 7%. Contudo, a pandemia provocou uma desaceleração econômica rápida, seguida por um aumento significativo nos preços, levando a uma inflação elevada em diversas nações, incluindo um salto de 4,19% para 12,13% no Brasil entre janeiro de 2020 e abril de 2022.

Em resposta ao aumento da inflação, as autoridades monetárias elevaram as taxas de juros. Nos Estados Unidos, a taxa básica subiu de 0,25% para 5,5% entre 2022 e 2023, enquanto no Brasil, os juros passaram de 2% para 13,75% no mesmo período. Apesar das expectativas de que a inflação retornasse aos níveis pré-pandemia, a realidade mostrou-se diferente. O Federal Reserve manteve os juros entre 4,25% e 4,5%, indicando que a economia americana não está se normalizando como esperado. No Brasil, os juros também aumentaram, atingindo 14,25% em março de 2024.

A persistência da inflação é atribuída a diversos fatores, incluindo um efeito de transmissão de preços, onde aumentos iniciais em itens como alimentos e energia resultaram em elevações salariais, que por sua vez elevaram os preços de serviços. O economista Joseph Gagnon aponta que, embora a inflação tenha diminuído, a queda para níveis considerados normais está levando mais tempo. Além disso, a situação fiscal dos governos, marcada por altos níveis de endividamento, contribui para a inflação, já que gastos excessivos podem levar à desvalorização da moeda.

A situação é complexa, com desafios fiscais se agravando em várias economias, incluindo as avançadas. A necessidade de gastos em segurança e a pressão por reformas fiscais são evidentes. No Brasil, a expectativa é de que o déficit fiscal persista até 2026, o que pode impactar a inflação e as taxas de juros. A incerteza global, especialmente em relação a políticas comerciais e tarifas, também pode afetar a inflação em outros países, incluindo o Brasil, que pode enfrentar pressões inflacionárias menores, mas ainda significativas.

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