Economia

Carmen Reinhart alerta para estagflação global e riscos econômicos para o Brasil

Economistas alertam que a estagflação e a desaceleração do crescimento na América Latina, especialmente no Brasil, são consequências diretas das tarifas de Donald Trump. A economista chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, destaca que a taxação de importados elevará a inflação nos Estados Unidos e reduzirá o consumo, o que pode levar a uma recessão. Embora o Brasil não seja o mais afetado, sua economia já enfrenta instabilidade, com inflação alta e crescimento lento. Rodrigo Valdés, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), também enfatiza que as tarifas terão um "amplo efeito indireto" na América Latina, prevendo uma desaceleração significativa no Brasil. O FMI projeta que o crescimento na região cairá de 2,4% em 2024 para 2% em 2025, com o Brasil enfrentando desafios adicionais devido a políticas fiscais restritivas. A combinação de dívida alta, crescimento lento e inflação crescente coloca o Brasil em uma posição delicada. Reinhart sugere que um ajuste fiscal é essencial para reduzir a vulnerabilidade do país a choques econômicos. A situação é complexa, com incertezas sobre o futuro das políticas comerciais dos EUA e seus impactos globais.

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A economia global enfrenta riscos significativos de estagflação, segundo a economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart. A combinação de inflação alta e estagnação econômica é atribuída às tarifas de importação impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Reinhart alerta que essas medidas elevarão a inflação nos EUA, afetando o consumo, que representa setenta por cento da economia americana. Com isso, a possibilidade de uma recessão se torna considerável.

O Brasil, embora menos impactado que países asiáticos, não está imune. A economia brasileira já enfrenta instabilidade, com inflação crescente e desaceleração. Reinhart destaca que a fuga de investidores de ativos de risco, incluindo os brasileiros, pode agravar a situação. Para mitigar os riscos, ela recomenda um ajuste fiscal que reduza a vulnerabilidade do país a choques internos e externos.

Desaceleração na América Latina

O diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, também comentou sobre o impacto das tarifas de Trump. Ele afirmou que a América Latina verá uma desaceleração relevante, com o crescimento no Brasil projetado para cair de dois vírgula quatro por cento em 2024 para dois por cento em 2025. Valdés observou que a atividade econômica na região é impulsionada pelo consumo, mas enfrenta desafios devido ao crescimento global mais lento e políticas domésticas restritivas.

Durante as reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, as tarifas de Trump dominaram as discussões. Autoridades financeiras pediram uma desescalada no embate comercial dos EUA. Valdés destacou que, apesar de algumas economias se beneficiarem da diversificação do comércio, o efeito geral das tarifas é negativo. Ele também mencionou que o Banco Central do Brasil está atento aos desafios fiscais e tem adotado políticas rigorosas.

Cenário Econômico Desafiador

A situação econômica do Brasil é considerada delicada, com um alto nível de endividamento e inflação crescente. Reinhart enfatiza que a combinação de dívida alta e crescimento lento pode resultar em um ciclo vicioso, aumentando a necessidade de uma política monetária restritiva. O cenário atual exige que o Brasil estabilize sua dívida para evitar maiores impactos de choques econômicos, tanto internos quanto externos.

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