Economia

FMI projeta desaceleração do crescimento na América Latina devido a tarifas de Trump

O FMI projeta desaceleração do crescimento no Brasil e na América Latina, impactados por tarifas e políticas restritivas. Argentina e Equador devem se recuperar.

Reunião com representantes do Brics, bloco de países emergentes presidido pelo Brasil, durante as reuniões de primavera do FMI (Foto: Igor Coelho/Ministério da Fazenda)

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O diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, alertou que o Brasil enfrentará uma desaceleração relevante em seu crescimento econômico. Durante uma apresentação em Washington, Valdés destacou que a projeção de crescimento para o Brasil é de 2% em 2025, impactada por políticas restritivas.

O FMI já havia sinalizado anteriormente que as tarifas impostas por Donald Trump teriam um amplo efeito indireto na América Latina e no Caribe. Valdés afirmou que a atividade econômica na região, que tem sido sustentada pelo consumo, agora enfrenta desafios devido ao crescimento global mais lento e à incerteza elevada. A previsão de crescimento para a América Latina e Caribe caiu de 2,4% em 2024 para 2% em 2025, uma redução de 0,5 ponto percentual em relação às estimativas anteriores.

Impactos nas Economias Regionais

O economista mencionou que o México também deve sofrer quedas significativas, principalmente devido às políticas comerciais dos Estados Unidos. Em contraste, Argentina e Equador devem experimentar uma recuperação, apoiada por programas do FMI, incluindo uma linha de crédito estendida de US$ 20 bilhões para a Argentina.

Valdés ressaltou que o cenário econômico é influenciado por uma interação complexa de fatores globais, como tarifas, interrupções nas cadeias de valor e volatilidade nos preços das commodities. Ele observou que, embora a diversificação do comércio beneficie alguns países, o efeito geral é negativo.

Desafios Fiscais e Monetários

O diretor do FMI também comentou sobre a política monetária no Brasil, destacando que o Banco Central está atento aos desafios fiscais. Ele elogiou a postura rigorosa do Banco Central em relação à política monetária, considerando-a necessária diante das incertezas atuais.

Valdés concluiu que, apesar das tarifas terem um impacto negativo sobre a demanda, a desaceleração do crescimento global pode afetar a demanda por commodities, resultando em efeitos indiretos significativos para a América Latina. Ele alertou para o risco de aumento da inflação, embora a expectativa seja de uma redução gradual nos índices inflacionários.

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