Economia

Moradores de La Rioja lutam contra parques eólicos que ameaçam vinhedos históricos

A família de Maria José Nestares enfrenta conflitos com a construção de um parque eólico. O governo de La Rioja aprovou moratória para novos projetos de energia. Outras regiões, como Galícia e Aragão, impuseram novas regulamentações e impostos. A oposição local reflete a tensão entre comunidades rurais e urbanas na Espanha. A Ministra da Transição Ecológica defende benefícios locais em projetos renováveis.

Um pastor em Villafranca del Cid, Espanha (Foto: Angel Garcia/Bloomberg)

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A família de Maria José Nestares administra um vinhedo na região de La Rioja, na Espanha, há mais de quatro décadas. Recentemente, a construção de um parque eólico próximo à vinícola gerou conflitos, levando-a a questionar a instalação de usinas que, segundo ela, beneficiam apenas grandes cidades como Madri e Barcelona. Nestares, advogada e proprietária da vinícola, afirmou: "Isso é injusto." O governo regional concordou e impôs uma moratória para novos projetos de energia até a aprovação de uma nova lei de paisagem.

Esse embate reflete uma tensão crescente entre comunidades rurais e urbanas na Espanha, onde cerca de 70% do território é escassamente povoado. Os moradores dessas áreas, conhecidas como La España vacía, clamam por investimentos que realmente beneficiem suas comunidades. Bloquear instalações renováveis é uma forma de reivindicar atenção do governo, mesmo que isso comprometa as metas climáticas do país.

O governo do primeiro-ministro Pedro Sanchez estabeleceu uma meta de gerar 81% da energia a partir de fontes limpas até 2030, o que requer um aumento significativo na capacidade eólica. Contudo, a resistência local e novas regulamentações, como a proposta da Galícia para que geradores vendam metade da eletricidade a empresas locais, complicam essa meta. O lobby eólico criticou essas medidas, alegando que criam um ambiente desfavorável para investimentos.

Tradicionalmente, a Espanha é vista como um ambiente favorável ao desenvolvimento eólico, com uma capacidade atual de 32 gigawatts, ocupando o segundo lugar na União Europeia. No entanto, a oposição local e a falta de clareza sobre os benefícios das usinas renováveis têm dificultado a aceitação em áreas rurais. A Ministra da Transição Ecológica, Sara Aagesen, anunciou que futuros projetos deverão demonstrar benefícios locais, como criação de empregos e solvência, para serem aprovados.

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