12 de fev 2025
André Esteves elogia governo Trump, mas critica tarifas e ressalta retrocessos econômicos
André Esteves, chairman do BTG Pactual, elogiou o governo Trump em evento. Ele criticou tarifas e restrições à imigração, destacando impactos negativos. Esteves vê a recuperação do Brasil como reflexo de fatores globais, não internos. O banqueiro comentou sobre a era de redução do multilateralismo e seus efeitos. Ele acredita que a turbulência nos mercados foi exagerada e sem fundamento econômico.
André Esteves (Foto: Stefan Wermuth/Bloomberg)
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André Esteves, chairman e sócio sênior do BTG Pactual, elogiou o início do governo Donald Trump, destacando que a agenda de eficiência e desregulação econômica tem gerado otimismo entre empresários. Em evento em São Paulo, ele afirmou que, apesar de “retrocessos em pautas civilizatórias”, o governo se mostra eficiente ao cortar custos e impostos. Esteves minimizou preocupações sobre as consequências geopolíticas da personalidade de Trump, sugerindo que sua chegada pode acalmar a situação.
O executivo criticou a elevação de tarifas como um erro econômico, comparando-a a um retrocesso de cem anos nos Estados Unidos. Ele defendeu o livre comércio como um fator de desenvolvimento e criticou as restrições à imigração, ressaltando que a imigração sempre beneficiou o país. Esteves também se referiu à escolha de Elon Musk para o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) como “carnavalesca”, mas reconheceu a importância de uma agenda de eficiência no governo.
Sobre a guerra comercial, Esteves afirmou que o Brasil está protegido, pois sua economia é baseada na exportação de commodities, não de produtos industriais. Ele comentou a turbulência nos mercados que resultou na alta do dólar no final de 2024, atribuindo-a a um pessimismo exagerado e desconfiança em relação à política fiscal brasileira. A recuperação observada no início do ano, segundo ele, está mais relacionada a um movimento global do que aos méritos do Brasil.
Esteves citou a alta das bolsas na Europa e em países como Colômbia e Chile como exemplos de um ajuste mundial. Ele acredita que o Brasil está se recuperando de um excesso de pessimismo, mas ainda vê a necessidade de cautela. O executivo concluiu que a situação atual é uma correção do que ocorreu em dezembro, com o país se aproximando do fim desse movimento de incertezas.
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