12 de fev 2025
Viticultores europeus temem novas surtaxas e se preparam para uma possível guerra comercial
O setor europeu de vinhos teme novas tarifas sob a administração Trump, impactando exportações. Gabriel Picard, da Federação dos Exportadores Franceses, expressa preocupação com a situação. A Wine and Spirit Trade Association prevê uma guerra comercial iminente, afetando o mercado. A Wine Origins Alliance questiona a aplicação uniforme de tarifas entre países da UE. O setor de espirituosos já enfrenta desafios na China, complicando ainda mais a situação.
Foto: Reprodução
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Gabriel Picard, presidente da Federação dos Exportadores Franceses de Vinhos e Espirituosos, expressou sua preocupação com a possibilidade de novas tarifas impostas pela administração Trump, afirmando: “Je suis à la fois très inquiet et j'ai aussi le sentiment que le pire n'est jamais sûr.” Após a recente imposição de taxas sobre produtos canadenses, mexicanos e chineses, a Europa teme ser a próxima na mira, especialmente seus vinhos e destilados, que dependem fortemente das exportações.
Miles Beale, diretor geral da Wine and Spirit Trade Association do Reino Unido, alertou que “nous allons probablement avoir une guerre commerciale”, referindo-se à iminente tensão econômica. Mathilde Chapoutier, do grupo M. Chapoutier, destacou que o setor já se prepara para as consequências, afirmando que “a força, on commence à être résilient” e que a estratégia de diversificação geográfica é crucial para equilibrar os impactos.
Jacques-Olivier Pesme, da Wine Origins Alliance, levantou questões sobre a aplicação das novas tarifas, lembrando que, em 2019, Trump havia imposto taxas apenas a alguns países da União Europeia. Ele questionou se as novas tarifas seriam uniformes e quais vinhos seriam afetados, ressaltando que a aliança se uniu a uma coalizão americana para alertar Trump sobre os riscos de uma guerra comercial.
O setor de destilados enfrenta ainda mais incertezas, com a China já exigindo garantias bancárias para importadores de brandies europeus. “On est dans un avion dont un moteur est la Chine et l'autre les Etats-Unis,” disse Nicolas Ozanam, enfatizando a fragilidade da situação e a necessidade de manter um equilíbrio nas relações comerciais.
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