Economia

EUA devem registrar importações agrícolas recordes de US$ 219,5 bilhões em 2025

Os EUA enfrentam um déficit agrícola recorde de US$ 49 bilhões em 2025. Importações de abacates e café aumentam 6,5%, enquanto exportações caem 2,2%. Rússia e Brasil superam os EUA em exportações de trigo, milho e soja. Dependência crescente de poucos mercados, como Canadá e México, preocupa especialistas. Surto de gripe aviária leva à necessidade de importar até 100 milhões de ovos.

Abacate é a maior commodity em termos de volume de importação. (Foto: Luis Antonio Rojas/Bloomberg)

Abacate é a maior commodity em termos de volume de importação. (Foto: Luis Antonio Rojas/Bloomberg)

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Os Estados Unidos, tradicionalmente uma potência agrícola, enfrentam um aumento significativo nas importações de alimentos, com um déficit comercial agrícola previsto em US$ 49 bilhões para este ano, conforme relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Este cenário marca uma mudança drástica, já que o país, que historicamente utilizou seus suprimentos alimentares como ferramenta de política externa, agora se vê dependente de importações, tendo registrado mais compras do que vendas desde 2023.

O presidente do Northwest Horticultural Council, Mark Powers, destacou a preocupação com a crescente dependência de poucos mercados, como Canadá e México, que agora absorvem uma maior parte das exportações de maçã. A situação pode se agravar com a promessa de tarifas de 25% sobre produtos do México e Canadá e 10% sobre produtos da China, o que poderia elevar os custos de importação e afetar o setor agrícola.

As importações de produtos agrícolas devem aumentar 6,5% até 30 de setembro, totalizando US$ 219,5 bilhões, com abacates, suco de laranja e café liderando o crescimento. Em contrapartida, as exportações estão projetadas em US$ 170,5 bilhões, uma queda de 2,2% em relação ao ano anterior. O aumento das importações é impulsionado pela demanda forte e melhores condições de cultivo, especialmente para o abacate.

Além disso, os Estados Unidos perderam posições de destaque nas exportações de grãos, com Rússia e Brasil superando o país em trigo, milho, algodão e soja. O diretor do Conselho de Exportação de Soja dos Estados Unidos, Jim Sutter, mencionou esforços para diferenciar a soja americana por meio de práticas sustentáveis, enquanto os agricultores buscam alternativas como produtos de valor agregado, como etanol, para se manterem competitivos em um mercado desafiador.

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