Economia

China sinaliza espaço para novas medidas de estímulo diante de incertezas globais

A China aumentou seu déficit orçamentário para 4% do PIB, o maior desde 2010. O governo planeja emitir 1,3 trilhões de yuans em títulos para estimular a economia. Exportações cresceram apenas 2,3% no início de 2025, abaixo da expectativa de 5%. A inflação foi reduzida para 2%, o menor nível em 20 anos, refletindo pressões deflacionárias. Tensão comercial com os EUA e baixa demanda interna exigem estímulos mais robustos.

"O Ministro das Finanças da China, Lan Fo'an, fala durante uma coletiva de imprensa em Pequim no dia 8 de novembro de 2024. (Foto: Adek Berry/Afp via Getty Images)"

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O ministro das Finanças da China, Lan Fo'an, afirmou que o país possui espaço para agir em sua política fiscal diante de incertezas internas e externas. Durante a reunião anual do Parlamento, ele anunciou um aumento do déficit orçamentário para 4% do PIB, o maior desde 2010. Além disso, o governo planeja emitir 1,3 trilhões de yuan (aproximadamente R$ 178,9 bilhões) em títulos de tesouro de longo prazo em 2025, um aumento de 300 bilhões de yuan em relação ao ano anterior, com foco em apoiar programas de troca de consumidores.

Os dados de comércio mostram que as exportações chinesas cresceram apenas 2,3% no início do ano, abaixo da expectativa de 5%. As importações caíram 8,4% no mesmo período, evidenciando a pressão das tarifas impostas pelos EUA, que aumentaram para 20% em um mês. Apesar das tensões comerciais, a liderança chinesa manteve uma meta de crescimento do PIB de cerca de 5% para 2025, reconhecendo a necessidade de estímulos adicionais para impulsionar o consumo interno e o setor imobiliário.

As autoridades chinesas indicaram que podem adotar um afrouxamento monetário se o crescimento desacelerar. O presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, reiterou que o banco reduzirá as taxas de juros e injetará liquidez no sistema financeiro. A política monetária, que havia sido "prudente" por 14 anos, agora é considerada "moderadamente frouxa", em resposta às pressões deflacionárias e à crise no setor imobiliário.

Economistas alertam que, para atingir a meta de crescimento, a China precisará de medidas de estímulo mais robustas. O aumento do déficit orçamentário e a emissão de títulos são passos importantes, mas ainda insuficientes para reverter a desaceleração. A prioridade do governo é aumentar o consumo, especialmente após anos focados em investimentos em infraestrutura e manufatura. A estabilização do mercado imobiliário será crucial para impulsionar a demanda interna, com a expectativa de que novas medidas sejam implementadas para ajudar o setor.

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