Economia

China estabelece meta de crescimento de 5% para 2025 e registra maior déficit fiscal em 30 anos

A China estabeleceu uma meta de crescimento de 5% para 2025, visando estimular a economia. O déficit fiscal projetado é de 4% do PIB, o maior em mais de 30 anos. O primeiro ministro Li Qiang anunciou a emissão de 1,3 trilhões de yuans em títulos para impulsionar o consumo. A guerra comercial com os EUA impacta a economia, exigindo reformas fiscais e estímulos. O consumo doméstico é prioridade, com gastos familiares abaixo da média global.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang: mais estímulos e meta de crescimento de 5% (Foto: MICK TSIKAS / POOL / AFP)

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang: mais estímulos e meta de crescimento de 5% (Foto: MICK TSIKAS / POOL / AFP)

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A China estabeleceu uma meta de crescimento econômico de cerca de 5% para 2025 e anunciou novos estímulos fiscais, visando impulsionar o consumo e mitigar os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos. O anúncio ocorreu durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo, um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentar as tarifas sobre importações chinesas para 20%. O setor exportador foi responsável por quase um terço do crescimento econômico chinês em 2024.

O déficit fiscal para este ano foi fixado em cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior nível em mais de três décadas. O primeiro-ministro Li Qiang alertou sobre "mudanças jamais vistas em um século", destacando que o ambiente externo pode impactar severamente áreas como comércio e tecnologia. Nesse cenário, as medidas de incentivo se tornaram essenciais, com a China planejando emitir 1,3 trilhões de yuans (US$ 179 bilhões) em títulos especiais de longo prazo.

Os governos locais poderão emitir 4,4 trilhões de yuans (US$ 607 bilhões) em dívidas especiais, um aumento em relação ao ano anterior. Além disso, Pequim pretende levantar 500 bilhões de yuans para recapitalizar grandes bancos estatais. Analistas indicam que esses aumentos em dívida e gastos visam amortecer os efeitos das tarifas impostas pelos EUA. A prioridade de impulsionar o consumo foi destacada, substituindo a tecnologia como foco principal.

Li também mencionou o avanço da Inteligência Artificial, prometendo fomentar sua aplicação em setores como veículos elétricos e robôs. Economistas têm solicitado que a China fortaleça seu sistema de bem-estar e promova uma reestruturação de longo prazo na alocação de recursos. Atualmente, os gastos das famílias representam menos de 40% da produção econômica anual, significativamente abaixo da média global. Li se comprometeu a implementar reformas fiscais para melhorar as receitas dos governos locais e estimular os gastos das famílias, com novas políticas previstas para serem anunciadas ainda este ano.

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