Economia

Argentina se prepara para novo acordo de US$ 20 bilhões com o FMI em meio a tensões cambiais

Argentina busca estabilizar sua economia com um novo acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, enquanto o dólar blue atinge novos recordes.

Cliente passa por taxa de câmbio em Buenos Aires: cotação chegou a 1.300 pesos esta semana (Foto: Erica Canepa/Bloomberg)

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A vida econômica na Argentina voltou a ser dominada pela questão do dólar, especialmente após a especulação sobre uma possível desvalorização do peso. O Banco Central da República Argentina (BCRA) injetou US$ 1,3 bilhão para estabilizar a cotação da moeda, que atingiu 1.300 pesos no mercado paralelo, conhecido como dólar blue. O governo de Javier Milei espera acalmar os ânimos com um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê um desembolso de US$ 20 bilhões. No entanto, a incerteza sobre as condições desse acordo e a pressão social, especialmente entre aposentados e torcedores de futebol, aumentam a tensão no país.

Milei, em entrevista, afirmou que seu governo enfrenta tentativas de golpe, tanto nas ruas quanto nos mercados. A cotação do dólar blue subiu mais de 1% em relação ao que o Ministério da Economia havia previsto, levando a equipe econômica a considerar a adoção de um sistema de flutuação cambial. O analista Fernando Corvaro destacou a importância de capitalizar o BCRA para controlar a inflação e reduzir o risco país, enquanto a Argentina busca também recursos de outras instituições financeiras, totalizando cerca de US$ 50 bilhões.

O governo argentino enfrenta um dilema: uma desvalorização do peso pode impactar negativamente os preços e a inflação, que já caiu de 211% em 2023 para 118% no ano seguinte. O ministro da Economia, Luis Caputo, confirmou que o acordo com o FMI está avançado, mas os desembolsos ocorrerão em etapas, dependendo do cumprimento de metas. A falta de clareza sobre as exigências do FMI e a possibilidade de um ajuste cambial aumentam a ansiedade no mercado, com muitos argentinos buscando comprar dólares como proteção.

Além disso, a Argentina se tornou um dos países mais caros da América Latina, levando muitos cidadãos a viajar para o exterior em busca de preços mais baixos. O número de argentinos que viajaram para fora do país em janeiro e fevereiro de 2024 superou 1,6 milhão, com destinos populares como Brasil, Chile e Uruguai. A pressão sobre o peso e as incertezas econômicas continuam a moldar o cenário financeiro argentino, enquanto o governo tenta estabilizar a situação antes das eleições legislativas de outubro.

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