17 de abr 2025
BCE reduz taxas de juros em meio a incertezas econômicas e tensões comerciais
BCE reduz taxas de juros pela sétima vez, buscando estabilizar a inflação em meio a incertezas econômicas e tensões comerciais.
BCE reduz juros e dá ênfase a aumento da incerteza econômica com tensões comerciais (Foto: Michael Probst/AP)
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O Banco Central Europeu (BCE) reduziu, nesta quinta-feira, as taxas de juros pela sétima vez no ciclo atual de flexibilização monetária. A taxa de depósito foi ajustada para 2,25%, a de refinanciamento para 2,40% e a de empréstimo para 2,65%.
A decisão, amplamente esperada pelo mercado, teve pouco impacto nas negociações. O BCE enfatizou o aumento das incertezas econômicas, especialmente devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, alertou que a política tarifária americana terá um impacto negativo no crescimento da zona do euro. O efeito sobre a inflação, contudo, ainda é incerto.
Lagarde reforçou que o BCE manterá uma abordagem baseada em dados para garantir que a inflação se estabilize em 2% no médio prazo. Não há compromisso com um caminho específico para as taxas de juros.
Em entrevista, a presidente do BCE afirmou que a redução de 25 pontos-base foi um consenso entre os membros. A possibilidade de um corte maior, de 50 pontos-base, foi discutida, mas não houve apoio.
O BCE avaliou que o processo de desinflação está “bem encaminhado” e que a inflação evoluiu conforme o esperado em março. Indicadores apontam para uma estabilização sustentada próxima da meta de 2%.
Apesar da resiliência da zona do euro a choques globais, o BCE destacou que o cenário de crescimento “piorou em razão do aumento das tensões comerciais”. A incerteza pode afetar a confiança de empresas e famílias.
O banco central observa que o crescimento dos salários está moderando e que as empresas têm absorvido parte do aumento do custo trabalhista, contribuindo para a redução da inflação.
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