Economia

Esther Duflo defende Brasil como oportunidade na guerra comercial entre EUA e China

Esther Duflo destaca que o Brasil pode se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China, mas alerta para a necessidade de reformas fiscais.

"Uma coisa que os economistas não sabem é como criar crescimento", diz Esther Duflo (Foto: Werther Santana/Estadão)

"Uma coisa que os economistas não sabem é como criar crescimento", diz Esther Duflo (Foto: Werther Santana/Estadão)

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Esther Duflo, economista e ganhadora do Prêmio Nobel de Economia em dois mil e dezenove, afirmou que o Brasil está bem posicionado para enfrentar a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Em entrevista, ela destacou que, apesar da instabilidade global, o país pode encontrar oportunidades comerciais nesse cenário.

Duflo, que tem defendido a taxação de bilionários, propõe um imposto de dois por cento sobre cerca de duas mil pessoas com patrimônio superior a um bilhão de dólares. Os recursos seriam destinados a ajudar os mais pobres, que são os mais afetados pelas mudanças climáticas. A proposta foi apoiada pelo governo brasileiro durante a presidência do país no G-20.

A economista enfatizou a necessidade de reformas fiscais equilibradas no Brasil, que não sobrecarreguem a classe média. “O Brasil reduziu muito a pobreza nos últimos 20 anos, mas essa redução foi financiada por impostos sobre a classe média,” disse Duflo. Ela acredita que o país deve garantir acesso à saúde e educação para os mais pobres, preparando-os para participar do crescimento econômico.

Duflo também expressou interesse em participar da COP-30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorrerá em novembro em Belém. No entanto, ela enfrenta dificuldades logísticas para se hospedar durante o evento. “Há tantas pessoas que querem ir a Belém que não sei se devo ocupar um desses lugares muito raros em um quarto de hotel,” comentou.

A economista alertou sobre o impacto da saída dos Estados Unidos de acordos internacionais, como o Acordo de Paris, e como isso pode afetar a ajuda a países em desenvolvimento. “O resto do mundo precisa se unir e dizer: ‘Nós conseguimos fazer isso’,” afirmou. Duflo acredita que o Brasil pode assumir um papel de liderança em um novo multilateralismo, aproveitando a reorganização do comércio global.

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